Técnicos canadenses vistoriam barragem em Barão de Cocais (MG)
Alerta de risco de rompimento na mina Gongo Soco, da Vale, retirou 487 pessoas de casa na última sexta-feira (8)
Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7, com Laura Baraldi, da Record TV Minas
Técnicos canadenses chegaram a Barão de Cocais, a 93 quilômetros de Belo Horizonte, para avaliar a estabilidade da barragem da mina Gongo Soco, da Vale, neste domingo (10). A operação no complexo de mineração foi suspensa,nesta sexta-feira (8), após uma empresa de consultoria ter negado o laudo que atesta a segurança da estrutura e parte da cidade precisou ser evacuada.
Os avaliadores estrangeiros trabalham para uma empresa alemã especialista em análise de estabilidade. A equipe será responsável por realizar uma nova inspeção no local e emitir um laudo sobre a barragem Sul Superior.
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Na madrugada desta sexta-feira, devido a falta do relatório, a Vale decidiu evacuar os bairros que ficam próximos ao complexo minerário. Uma sirene foi tocada e 487 pessoas precisaram deixar suas casas.
De acordo com a companhia, depois do acionamento do plano de emergência, a empresa passou a monitorar as condições da represa a cada quatro horas e não foi detectada nenhuma "anormalidade". A Vale informou, ainda, que implantará um "equipamento com capacidade de detectar movimentações milimétricas" na mina.
Os moradores que foram removidos preventivamente de suas casas foram levados para hotéis da região. Segundo a Defesa Civil, eles só poderão voltar aos lares após os órgãos fiscalizadores aceitarem o laudo da barragem. Contudo, a Vale não informou o prazo para que isto aconteça e nem divulgou o nome da empresa responsável pela avaliação.
Itatiaiuçu
Na mesma madrugada, o distrito de Pinheiros, em Itatiaiuçu, a 76 quilômetros de Belo Horizonte, também ficou sob alerta de emergência devido ao risco de rompimento da barragem de Serra Azul, da Arcelormittal. Cerca de 120 pessoas foram removidas de suas casas e levadas para um hotel da região.
Assim como em Barão de Cocais, os moradores retornarão aos imóveis apenas após a apresentação de novos laudos que atestem segurança na estrutura. A mineradora responsável pela mina informou que trabalha para regularizar a situação.