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Trabalhadores da Fhemig entram em greve por tempo indeterminado

Funcionários vão se reunir no Hospital João 23 nesta quinta-feira (3); categoria cobra melhores condições de trabalho

Minas Gerais|Giovana Maldini*, do R7

Categoria já havia se reunido em setembro de 2021
Categoria já havia se reunido em setembro de 2021

Os trabalhadores dos hospitais públicos da Fhemig (Fundação Hospitalar de Minas Gerais) entraram em greve, por tempo indeterminado, nesta quinta-feira (3). Os funcionários cobram melhores condições de trabalho nas unidades de saúde.

A decisão foi tomada após assembleia da categoria convocada pelo Sindpros (Sindicato do Profissional de Enfermagem, Auxiliar de Apoio da Saúde, Técnico Operacional da Saúde, Analista de Gestão e Assistência à Saúde) e pela Asthemg (Associação dos Trabalhadores em Hospitais do Estado de Minas Gerais), no último dia 28 de janeiro. 

A categoria também denuncia falta de diálogo com a administração estadual. “O Governo de Minas promete reformas, construção de hospitais, mas promessas não suficientes para a urgência da situação. Não é falta de verba e sim o descaso do governo que busca introduzir terceirização e organizações sociais na rede”, informa o Sindpros em nota.

O sindicato e a associação foram convidados para uma reunião na Cidade Administrativa nesta terça-feira (1º). De acordo com o Sindpros e a Asthemg, estiveram presentes a secretária de Planejamento e Gestão, Luísa Barreto, a presidente da Fhemig, Renata Dias, e a diretora de gestão de pessoas da Fhemig, Ana Rego.


Os trabalhadores vão se reunir na porta do Hospital João 23 e devem fazer uma nova assembleia às 10h desta quinta, e divulgar o resultado da reunião. 

Em setembro de 2021, a categoria já havia se reunido para organizar uma paralisação no dia 5 de outubro. No entanto, o TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais) determinou a suspensão do ato, devido ao estado de emergência decorrente da pandemia da Covid-19.


Veja algumas das denúncias do sindicato:

No Hospital João XXIII, pacientes aguardando nos corredores vagas para internação, enquanto a gestão da Fhemig desativou leitos no Hospital Maria Amélia Lins que servia de suporte para a unidade. O bloco cirúrgico do pronto-socorro está funcionando com as portas abertas (o que é inaceitável devido ao alto risco de infecção para o paciente), colocando em risco os pacientes em cirurgias. Isso devido ao grande calor das salas que há meses estão com o ar-condicionado estragado.


O Hospital Infantil João Paulo II continua sem profissionais suficientes e apresenta superlotação. Essa situação que segue desde o ano passado e se agrava com o período do ano onde há uma maior demanda. A Fhemig mesmo com as nossas denúncias e tentativas não realizou contratação de novos profissionais. 

O Hospital Alberto Cavalcanti, (que foi fechado o atendimento de urgência, emergência e clínicas, com a promessa de virar uma referência no tratamento do câncer), segue com serviços desativados. A tomografia e endoscopia estão paradas, gerando uma fila de espera grande de pacientes com tratamento oncológico. 

No Hospital Regional de Barbacena, pacientes graves também aguardam no corredor vagas para no setor de tratamento. São em torno de 25 pacientes com apenas dois técnicos de enfermagem.

No Hospital Júlia Kubistchek, mesmo com alta de casos de COVID, as vagas para pacientes a doença foram fechadas por falta de profissionais.

No CEPAI-Hospital Psiquiátrico Infantil, pacientes com COVID são mantidos junto dos demais pacientes, sendo que o mesmo trabalhador cuida de pacientes da doença e das demais, o que propaga o vírus para todos”, informa o sindicato.

A reportagem pediu posicionamento para a Fhemig, mas ainda não teve retorno.

*Estagiária doR7, sob supervisão de Ana Gomes

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