Vigia suspeito de simular sequestro da família em Minas é indiciado
Segurança de banco queria pegar o dinheiro do cofre como resgate com a intenção de ficar com o valor; outros sete suspeitos foram presos
Minas Gerais|Célio Ribeiro*, do R7
A PCMG (Polícia Civil de Minas Gerais) indiciou um segurança de banco suspeito de ter planejado o sequestro da mulher do e do próprio filho para forçar o gerente do banco a pagar o resgate. O caso aconteceu em junho deste ano em Luz, cidade a 197 km de Belo Horizonte.
O segurança confessou ter arquitetado o crime e foi preso em flagrante. Outras seis pessoas, incluindo o genro do vigilante, foram presas por suspeita de envolvimento com o crime. Um sétimo suspeito já estava detido por relação com outro crime.
Sequestro
O caso aconteceu em Esteios, distrito de Luz, cidade da região Central de Minas. Na época, a Polícia Civil atendeu um chamado de sequestro e foi até o local. O vigilante informou que dois sequestradores haviam invadido sua casa e feito a mulher e o filho reféns. Os supostos sequestradores teriam ordenado que ele fosse até a agência e pegasse todo o valor que se encontrava no cofre para o pagamento do resgate.
Um cúmplice dos sequestradores foi até a agência acompanhado do segurança. Ele teria mostrado ao vigilante e ao gerente do banco imagens dos familiares sendo ameaçados. A dupla tentou abrir o cofre, mas o dispositivo de segurança do banco não permitiu. Com isso, o sequestrador teria desistido e fugido do local.
Veja: Sequestrador de gerente bancário e familiares em BH é condenado
Segundo a delegada Fabíola Oliveira, esse crime é conhecido como “sapatinho” e tem se tornado comum nos últimos anos, mas o sequestro de familiares de um dos envolvidos foi uma novidade. A delegada deu detalhes do caso e disse que cada suspeito tinha uma participação bem definida na execução do crime.
— Alguns entraram no banco, outros deram suporte em locais próximos e outros foram atrás de comparsas para a empreitada. Eles fizeram tudo parecer um sequestro de verdade, inclusive retirando os familiares da casa e levando-os para um canavial.
Os suspeitos foram indiciados por extorsão mediante sequestro e, caso sejam condenados, poderão ficar até 15 anos na prisão.
*Estagiário do R7 sob a supervisão de Flavia Martins y Miguel.