Wellington Magalhães apresenta defesa contra denúncia de cassação
Vereador de Belo Horizonte é investigado por comissão na Câmara por quebra de decoro parlamentar corre risco de perder o mandato
Minas Gerais|Lucas Pavanelli, do R7, com Antônio Paulo, da RecordTV Minas
O vereador Wellington Magalhães (DC) entregou sua defesa prévia à comissão processante aberta na Câmara de Belo Horizonte para investigar denúncia de quebra de decoro parlamentar. A defesa do vereador possui 16 páginas e entrou no sistema eletrônico do Legislativo nesta quarta-feira (4).
No texto, a defesa do parlamentar diz que a Câmara não pode rediscutir questões que já foram tratadas em plenário de modo soberano, "como o decreto de prisão contra o parlamentar, a alegada tentativa de se ocultar da justiça, instauração de inúmeros inquéritos contra o defendente e os pressupostos indícios de crimes de corrupção e fraudes em licitações no Poder Legislativo".
A defesa do vereador também diz que as supostas ameaças feitas por Wellington à ex-chefe da Polícia Civil Andrea Vacchiano, ao denunciante Mariel Marley e ao ex-presidente da Câmara Henrique Braga também foram discutidas no processo anterior, quando o vereador foi absolvido pelos próprios colegas.
A partir de agora, o relator da comissão processante, Elvis Côrtes (PHS) tem cinco dias para se manifestar.
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Relembre
Por unanimidade, a Câmara de Belo Horizonte autorizou a criação de uma comissão processante para analisar se a denúncia de quebra de decoro parlamentar por Wellington Magalhães deve ser levada a Plenário.
O vereador, que é investigado pelo Ministério Público por participar em um esquema de desvio de R$ 30 milhões em fraudes em contratos da Câmara, foi denunciado pelo seu colega, Mateus Simões (Novo). Na denúncia, Simões elenca uma série de motivos que, para ele, sustentam o pedido de cassação.
Esse é o segundo pedido de perda de mandato de Wellington Magalhães discutido pelo Legislativo. Em agosto do ano passado, ele chegou a ser julgado em Plenário pelos pares, mas se livrou da perda de mandato em razão da abstenção de colegas. Eram necessários 28 votos, mas 23 parlamentares votaram pela cassação e 15 se abstiveram.
Ameaças
A denúncia envolvendo o vereador Wellington Magalhães ganhou um novo capítulo com a divulgação de um áudio em que ele faria ameaças ao vereador Mateus Simões (Novo), autor do pedido de cassação, e ao promotor de Justiça Leonardo Barbabela, que o investiga por suspeita de corrupção.
O áudio foi gravado em uma conversa em uma sala anexa ao Plenário da Câmara no momento em que Magalhães conversava com outros vereadores.
Nas gravações, o vereador chama o promotor de "trouxa" e "babaca". Em outro trecho ele disse que "ele me chamar do que me chamou ali, por isso que um cara chega e morre aí por causa disso". Tanto Barbabela quanto Simões estão circulando com escolta policial.