A homenagem aos ratos de laboratório
Wiki CommonsUm camundongo com aspecto de senhor, de expressão simpática, com uma manta nas costas, um pincenê (óculos sem haste) na ponta do focinho, tricotando uma malha de DNA humano em dupla-hélice.
Sabe o que é isso?
Um agradecimento.
Foi dessa forma que o escultor Andrew Kharkevitch homenageou o principal colaborador da ciência humana. Sim. É uma homenagem ao Camundongo de Laboratório, ou Rato de Laboratório, usado em pesquisas genéticas, biológicas e fisiológicas, bem como na resposta a fármacos e tratamentos.
Esses animais são sacrificados depois dos estudos, embora procriem exclusivamente para isso.
A escultura, de 2013, fica em um pedestal e foi encomendada pelo Instituto de Citologia e Genética de Novosibirsk, cidade russa localizada na Sibéria.
O uso de animais em pesquisas é muito controverso justamente porque a maioria é sacrificada, morta, depois do estudo.
Muitos ativistas e alguns cientistas questionam se ainda é necessário o uso de animais para os fins de pesquisa. No que diz respeito a testes de cosméticos (maquiagens, cremes etc.), é proibida a utilização de bichos em vários países do mundo, inclusive no Brasil, por uma lei aprovada em 2014.
No caso da genética, os cientistas dizem não poder abrir mão. Por gratidão genuína ou certo remorso, a escultura está lá, na frente da Academia de Ciências da Rússia.
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