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André Azeredo - Blogs

Meninas denunciam ex-baterista de Mamonas Assassinas - O Legado por abuso sexual

Vítimas teriam 11, 13 e 14 anos. Três boletins de ocorrência foram abertos contra William Falanque

André Azeredo|André AzeredoOpens in new window

Ex-baterista de banda cover de Mamonas Assassinas é acusado de abuso sexual Reprodução/Instagram/@willianfalanque

O músico William Junior Falanque Santana, de 28 anos, é acusado de estupro por 3 meninas da Grande São Paulo. Uma delas, de 11 anos, teve relações sexuais de fato com o baterista que integrava até agosto a banda Mamonas Assassinas - O Legado.

O conjunto musical se formou a partir do filme de 2023 sobre os Mamonas Assassinas, banda de enorme sucesso em todo o Brasil durante os anos 1990. O quinteto de Guarulhos morreu de forma trágica num acidente aéreo, em 2 de março de 1996.

As meninas são integrantes de fã clubes virtuais da nova banda formada a partir do filme. A interação com o público por meio das redes sociais teria aproximado William Falanque de algumas meninas.

Uma delas, de 13 anos, diz ter sido beijada pelo músico num cinema e depois novamente, em outra data, agararda dentro do carro dele, enquanto pegava uma carona com William na icônica Brasília Amarela. Ela teria tocado e sido tocada no corpo pelo rapaz de 28 anos.


“Ele realmente obrigou minha filha a fazer alguns atos extremamente complicados, que não dá pra ser dito. Estão todos no boletim de ocorrência. Ela me contou tudo, que ele prendeu o cabelo dela, mandou ele ficar quieta. E ainda tem mensagens mandando ela não contar pra ninguém”, relata a mãe da pré-adolescente.

O desabafo é carregado de culpa e revolta. Ela descobriu o caso ao inspecionar o celular da filha, uma vez que a menina chorava bastante e estava com comportamento esquisito. Mas estava feliz e incentivava o amor da filha pela banda.


“É um sentimento de culpa como mãe, de falha, de não ter enxergado. Nojo, raiva. É uma mistura de sentimentos. Eu não sei como explicar. Foi muito, muito difícil.”

Já a mãe de uma menina de 11 anos, também integrante do fã clube, ficou sem chão ao ouvir da filha que ela tinha mantido relações sexuais com o músico 17 anos mais velho dentro do carro dele, num dia em que ele teria ido até a casa da menina.


“Ele fez ela entrar no carro e disse que queria, vamos conversar sobre o fã clube. A partir daí, ele já foi ameaçando, ela tentou sair do carro, apertou a garganta dela, mandando ela calar a boca, tirou a roupa dela, foi bem violento. Abusou da minha filha, é uma criança de 11 anos, virgem, tirou a virgindade dela, acabou com a vida dela, da nossa família e é muito difícil falar nesse assunto.”, relata a mãe da menina

Os casos teriam ocorrido entre julho e agosto. Os registros na polícia são de setembro e outubro, quando as mães souberam dos casos.

William Falanque foi afastado da banda em agosto de 2024 e não é mais o baterista do grupo desde então. Ele apagou suas redes sociais, mas deixou um vídeo dizendo que estava se tratando.

“Tô me sentindo muito ansioso e todos sabem como é. To me cuidando, me tratando e passando pelo médico”, registrou William em um dos últimos vídeos.

A Secretaria da Segurança Pública confirmou as investigações. Até agora o suspeito não foi ouvido.

O que diz a defesa de William Falanque

O escritório Romão Jr. Advogados, por meio desta nota, vem a público manifestar que, até o presente momento, não obtivemos acesso ao teor das ocorrências registradas contra nosso cliente. Diante disso, limitamo-nos, por ora, a não tecer comentários sobre as supostas acusações.

Aguardamos a citação formal do investigado pelas autoridades competentes para prestar os devidos esclarecimentos, contribuindo com as investigações e demonstrando nossa disposição, assim como a do nosso cliente, em colaborar com a justiça para a correta apuração dos fatos.

Outrossim, reafirmamos a plena confiança na inocência e na integridade moral do nosso cliente. Reforçamos que, como profissionais do direito, acreditamos na imparcialidade, seriedade e eficiência da justiça brasileira!

O que diz a Polícia Civil de SP

A Polícia Civil informa que as investigações sobre os casos ocorridos em Guarulhos seguem em andamento por meio de inquérito instaurado pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) da cidade. As equipes já ouviram vítimas e testemunhas e agendaram a oitiva especializada de uma menor de idade, conforme prevê a legislação. Como o suspeito não reside mais em Guarulhos, seu depoimento foi solicitado em novo endereço. Em relação às ocorrências da Capital, a apuração está sob a responsabilidade da 3ª DDM, também por meio de inquérito policial. O último caso segue sob investigação da 5ª DDM, igualmente por meio de inquérito. Detalhes adicionais serão preservados devido à natureza das ocorrências e ao envolvimento de menores de idade.

O que diz a banda Mamonas Assassinas - O Legado

A Mamonas Assassinas - O Legado, vem, por intermédio do seu advogado, Diego Nunes, apresentar manifestação sobre os fatos ora alegados.

Diante da recente denúncia de um SUPOSTO caso de estupro envolvendo menores, onde teria como parte acusada o EX-BATERISTA da banda MAMONAS ASSASSINAS - O LEGADO.

Manifestamos publicamente completo repúdio a todos e quaisquer atos de violência sexual, física, psicológica e moral cometidos dentro e fora do espaço destinado às atividades da banda (Mamonas Assassinas - O Legado).

Casos de estupro ou violências de qualquer natureza serão denunciados com veemência. Atos dessa natureza, ainda que cometidos fora dos espaços das atuações da banda, não só violam a dignidade da pessoa que sofreu a violência, mas também fere toda a comunidade, fãs, princípios e valores, principalmente em relação às mulheres.

Não compactuaremos e não nos calaremos quando nos depararmos com atos violentos que repercutem o machismo e opressões.

Seremos uníssonas ecoando a voz de pessoas que sofrem violências e podem ser silenciadas pelo medo, vergonha e falta de apoio no momento de buscar suporte social, comunitário ou estatal.

Por fim, frisa-se que, todos os fatos devem ser apurados por intermédio do órgão competente e quanto ao ex-baterista (caberá o contraditório e a ampla defesa), para que assim o judiciário tome o caminho mais adequado.

Assista a reportagem do Domingo Espetacular:

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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