Fiat Fastback Impetus: testamos a novidade com motor 1.0 turbo
Bem equipado e econômico, tem pequenos poréns como a visibilidade traseira e o Pacote com apenas dois airbags
Autos Carros|Marcos Camargo Jr. e Marcos Camargo Jr.
A Fiat vem ampliando seu portfólio neste ano ao oferecer a linha do Fastback, o novo Pulse Abarth e em breve irá oferecer também o 500e Abarth. Com 10.000 unidades do Fastback, o leque é reduzido a três versões sendo duas com motor 1.0 turbo e uma com motor 1.3 turbo. O R7-Autos Carros acelerou a versão Impetus, mais equipada entre os modelos com motor T200 1.0 turbo.
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Antes de analisar o Fastback em detalhes é preciso dizer que ele transita entre modelos compactos e também médios, no caso do modelo “powered by Abarth” com motor 1.3 T270 de 185cv. Os demais vem com o T200 1.0 turbo de 130cv e 20kgfm de torque combinado com transmissão automática do tipo CVT que simula sete velocidades.
Em pauta, um SUV de proposta diferenciada no universo dos compactos. O desenho do Fastback foge do comum com dianteira ampliada, grade flutuante e faróis integrados, vincos no capô e um teto com caimento cupê inspirado em modelos premium. O Fastback é amplo com seus 4,43m, 1,77m de largura, 1,54m de altura mas apenas 2,53m de entre-eixos. Não que ele seja “apertado” mas poderia ser melhor. Isso se deve às limitações da plataforma MLA, que é estreita e com entre-eixos reduzido.
Para acomodar passageiros maiores tendo o teto rebaixado pode ficar a sensação de aperto. E se os passageiros podem reclamar o mesmo não podemos dizer da bagagem. Há 516 litros de porta-malas, maior que muitos crossovers médios com boa amplitude de abertura da tampa com aproveitamento de espaço.
Por dentro, o Fastback traz na versão Impetus uma boa oferta de equipamentos de série. O estilo do painel envolvente se integra ao console mesclando diversos tons de plástico texturizado e material preto brilhante. Há desde saída de ar condicionado para o banco traseiro, passando por freio eletrônico auto-hold, tecla “Sport” e shift paddle no volante, até mesmo um pacote de segurança passiva com alerta de mudança de faixa, alerta e frenagem automática, sensor e câmera de ré com alta resolução embora o Fastback tenha quatro airbags e não seis como alguns concorrentes.
Outra tecnologia inédita no segmento é o sistema de vetorização de torque que ajusta a entrega de potência para a roda de menor tração nas curvas. Além disso o Fastback traz de série controle de tração e estabilidade e freios ABS com disco dianteiro.
A bordo do Fastback rodamos uma semana ao longo de 700km. Com motor 1.0 turbo de 130cv se nota o mínimo ruído de trabalho do propulsor tricilíndrico que entrega potência já em 1.500rpm. O câmbio CVT que simula sete marchas tem bom aproveitamento da potência sem demora na simulação de trocas de marcha. Além da alavanca, há shift paddle no volante.
Com 19,2cm de altura do solo o Fastback tem acerto confortável de suspensão como outros modelos da linha Fiat. O conjunto é McPherson na dianteira e eixo rígido traseiro como seus concorrentes e a dirigibilidade é agradável e não muito alta como alguns crossovers. Vale lembrar que apesar da boa direção o vigia traseiro requer atenção. Ele pode enganar um pouco sobre a distância dos obstáculos traseiros (será preciso dosar bem nas manobras e ficar atento ao sensor e câmera de ré), a peça tem tamanho reduzido com moldura ampla interna o que diminui a visão e não há limpador traseiro.
A multimídia de 10,1 polegadas usa sistema Uconnect com conexão simplificada e sem fio além de boa resolução e interface amigável. O pacote ADAS de segurança também mostra boa funcionalidade e o Fastback, que ainda não foi testado por órgãos independentes como o Latin NCAP, traz somente quatro airbags.
Ao longo do nosso teste com etanol o Fastback rendeu 8km/l na cidade e 10km/l na estrada. Após o primeiro tanque de etanol abastecemos o Fastback com gasolina e o rendimento ficou em bons 10km/l em percurso urbano e 13 no rodoviário.
Com peço de R$ 142,9 mil, o Fastback oferece mais equipamentos de série que seus concorrentes mais equipados e custa um pouco menos que as versões mais equipadas do Volkswagen T-Cross e Chevrolet Tracker, considerando modelos com motor 1.0 turbo.
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Os números já mostram que o crossover da Fiat vai brigar de frente com outros modelos compactos e ainda “beliscar” compradores de modelos médios que buscam bom desempenho.
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