O Jeep Renegade vai completar no final do ano dez anos de história. E em 2024, com uma concorrência muito acirrada, a Jeep conseguiu fazer o veterano voltar a vender bem. Foram 53.896 unidades vendidas o que lhe rendeu um honroso sexto lugar entre os SUVs. Na linha 2025 a Jeep repaginou algumas versões e trouxe mais “custo benefício” ao SUV e lançou a Sahara. A versão Sahara é a topo de linha do Renegade e custa o mesmo que a Trailhawk: R$ 173,9 mil e tem como destaque a boa lista de itens de série como teto solar mas não traz, por exemplo, cambio de nove marchas e tração 4x4. Mas qual é o seu propósito?A ideia do Renegade Sahara é oferecer o máximo em equipamentos com um preço mais interessante. Assim, mantendo o visual já bem tradicional, a Jeep incorporou novos frisos, rodas e pneus de 18 polegadas, com pneus 225/55 de perfil mais baixo e rodas com acabamento diamantado e um adesivo na coluna C que remete ao deserto do Sahara.A cor externa, Slash Gold, veio do Commander e muda o visual do SUV. Se o estilo lhe parece “cansado” é justo dizer que o Renegade não arranca mais um largo sorriso mas não decepciona.O painel é todo emborrachado, algo raro de se ver nos produtos mais modernos da concorrência, os comandos têm a sua certa ergonomia e a lista de equipamentos é muito completa. Além disso tem freio de estacionamento elétrico algo que concorrentes anunciam como novidade agora neste segmento. A lista de itens de série inclui painel digital de 7 polegadas e a central multimídia de 8,4 polegadas com conexão para Android Auto e Apple Carplay sem fio além de câmera e sento de ré. O Sahara tem faróis e lanternas full led com acendimento automático, sensor de chuva e chave presencial com botão de partida. Em termos de segurança o Renegade traz seis airbags, monitoramento de pontos cegos, monitoramento de mudança de faixa com alertas no painel, frenagem automática de emergência, e detector de fadiga. Claro que um projeto mais antigo tem seus pontos a melhorar. O Renegade tem só 320 litros de porta malas e o espaço traseiro é razoável mas a cabine é alta e espaçosa para todo mundo. O motor é o conhecido T270 1.3 turbo flex de 176 cv (etanol e gasolina) e 27,5 kgfm, o câmbio de seis marchas e a tração 4×2, uma perda de 9cv em relação ao motor da linha 2024 em função das regras de emissões do Proconve L8. O motor trabalha com câmbio automático de seis velocidades e atração é do tipo dianteira e não 4x4. Em um teste com a novidade, notamos que o Renegade ainda pode chamar atenção graças à escolha da cor que é na verdade a sua única novidade externa além dos discretos adesivos. Para quem já teve ou tem um Jeep Renegade, a sensação de dirigir esta nova versão é a mesma. Direção confortável, cabine espaçosa apesar do porta-malas pequeno e o bom desempenho do motor com acelerações rápidas e consumo mediano de combustível.Na cidade o consumo chegou a 10,5km/l e na estrada 14km/l segundo o nosso teste com gasolina. Mesmo no alto dos seus quase 10 anos de vida, e prestes a receber uma pequena retira ação e adoção de um conjunto híbrido leve, o Jeep Renegade mostra que ainda tem bastante lenha para queimar tornando-se competitivo no preço em relação aos demais produtos topo de linha entre os modelos compactos.