Mercedes Benz decide manter motores a combustão por mais tempo
Após queda forte na venda de elétricos, marca alemã disse que tecnologias irão conviver “por mais tempo juntas”

Há cerca de três anos, muitas marcas premium se apressaram ao dizer que fariam um processo de eletrificação total em seu portfólio. Volvo, Mercedes-Benz, Audi, Porsche entre outras anunciaram o fim dos motores a gasolina ou diesel dentro de poucos anos.
Mas a evolução das vendas mostrou que executivos estavam errados e todas essas marcas recuaram em suas metas de vender só carros elétricos até o final desta década. A Mercedes-Benz deu um passo atrás neste final de semana neste mesmo sentido.

Em uma entrevista ao Auto Motor und Sport, o CEO da marca, Ola Källenius, admitiu que a empresa está fazendo uma mudança em sua estratégia global rumo a uma flexibilização dos motores adotados por seus veículos. Em um discurso em tom de equilíbrio, Källenius, disse que as duas tecnologias irão conviver por mais um tempo juntas.
Em meio a uma queda nas vendas em vários mercados como a própria China (em 2024 foram 683.600 unidades vendidas, uma queda de 7%). Na América Latina a queda nas vendas de veículos comerciais chegou a 21% e, embora o Brasil tenha registrado aumento, países como Chile, Colômbia e Argentina tiveram queda.

Nos Estados Unidos, a queda foi ainda mais forte, com 24% de redução em 2024. Modelos como EQB caíram 36%, EQE caiu 39% e EQS 52% conforme o Carscoops.

“Acho que a abordagem mais racional hoje é seguir pelos dois caminhos. Continuaremos investindo em propulsão elétrica, mas também manteremos os motores a combustão por mais algum tempo”, explicou Källenius ao Auto Motor und Sport.

No último ano, uma decisão da União europeia, visa flexibilizar a proibição dos motores a combustão, enquanto fabricantes e associações como alemã tem feito pressão para continuidade dos motores da gasolina e diesel.
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