Renault Boreal: comparativo com SUVs médios de até R$ 200 mil
Novidade da Renault mira Compass, Tiggo 7 Sport, Song Pro, Corolla Cross e Tiggo 8 Pro que custam mais em conta

O Renault Boreal deve marcar a estreia da marca francesa no segmento dos SUVs médios de nova geração, combinando motor turbo flex, design refinado e interior mais tecnológico.
Baseado na nova plataforma RGMP o Boreal teve preços anunciados entre R$ 179,9 mil e R$ 214,9 mil, colocando-o na faixa dos SUVs “custo benefício” do mercado. Mas ele é melhor que seus concorrentes na mesma faixa de preço?

O Boreal tem proposta de espaço interno e conhecido motor 1.3 TCe turbo flex de até 163 cv e 27,5 kgfm de torque, acoplado ao câmbio automatizado de dupla embreagem (EDC) de seis marchas.
Segundo a Renault a aposta do Boreal ficará na faixa dos R$ 200 mil que é o valor da versão Techno intermediária.

Com esse posicionamento, o SUV da Renault enfrentará uma lista de rivais fortes — Caoa Chery Tiggo 7 Sport, Tiggo 8 Pro, Jeep Compass Longitude, Toyota Corolla Cross XR e BYD Song Pro —, todos dentro da mesma faixa de preço.
Tiggo 7 Sport: o mais barato do segmento
O Caoa Chery Tiggo 7 Sport parte de R$ 139.990 e é o SUV médio mais acessível atualmente. Ele utiliza motor 1.5 turbo flex de 150 cv e 21,4 kgfm de torque, associado ao câmbio CVT com nove marchas simuladas.
O modelo oferece bom nível de equipamentos, com multimídia de 10,25”, chave presencial e controles de estabilidade e tração. O porta-malas tem 475 litros e o espaço interno é adequado, embora o acabamento e o desempenho sejam mais simples que o de rivais mais caros.
Dentro dessa proposta custo benefício, o Boreal é maior que Tiggo 7, mais equipado por ter pacote ADAS bem completo, mas custa mais caro que o SUV da Caoa Chery.

Tiggo 8 Pro: sete lugares e 187 cv por menos de R$ 200 mil
O Tiggo 8 Pro, vendido a R$ 194.990, é o SUV de sete lugares mais barato do país e aposta em desempenho e espaço. Usa motor 1.6 turbo TGDI a gasolina de 187 cv e 28 kgfm, com câmbio automatizado de dupla embreagem de sete marchas.
O modelo traz central multimídia de 12,3”, bancos elétricos, acabamento interno superior e ampla lista de assistências eletrônicas. O porta-malas é de 193 litros com a terceira fileira em uso e 889 litros com os bancos rebatidos.

Nesse caso o Tiggo 8 Pro se destaca por maior potência, os sete lugares e aposta no custo benefício. Diante do Boreal, a Renault vai apostar no ineditismo e itens como pacote ADAS completo, mas perderá nos quesitos potência e sete assentos.
Jeep Compass Longitude: equilíbrio entre tradição e tecnologia
O veterano Jeep Compass Longitude 1.3 T270 Flex, vendido por cerca de R$ 196 mil, segue como referência entre os SUVs médios nacionais. O motor 1.3 turbo flex entrega 176 cv e 27,5 kgfm de torque, acoplado ao câmbio automático de seis marchas e tração dianteira.
O Compass oferece painel digital, multimídia de 10,1”, frenagem autônoma, alerta de ponto cego e bom nível de conforto. O porta-malas tem 410 litros e o consumo fica na média do segmento, com cerca de 9,5 km/l na cidade e 11 km/l na estrada com gasolina.

Nessa versão o Compass também tem ADAS e em muitos casos a Jeep vem oferecendo descontos interessantes incluindo, por exemplo, teto solar. No entanto, o Compass já é um produto de geração antiga no mercado e pode incomodar na proposta. No entanto, aqui a Renault pode ter vantagem pelo melhor espaço e design atual do seu novo SUV.
Toyota Corolla Cross XR: confiabilidade e baixo consumo
O Corolla Cross XR 2.0 Flex, com preço em torno de R$ 184 mil, é o modelo mais racional do grupo. Usa motor 2.0 flex aspirado de 177 cv e 21,4 kgfm, com câmbio CVT de dez marchas simuladas.
É reconhecido pela robustez mecânica e pós-venda confiável, além do bom consumo — 11,5 km/l na cidade e 13,5 km/l na estrada. O porta-malas tem 440 litros, e o conjunto prioriza conforto e durabilidade.

Dentro dos SUVs concorrentes, o Corolla Cross é o que tem garantia de até 10 anos, boa reputação mecânica e itens como Toyota Safety Sense de série, colocando-o como concorrentes direto do Boreal.
BYD Song Pro: híbrido flex mais barato do país
Fechando o grupo, o BYD Song Pro DM-i Flex chega por R$ 199 mil e é o SUV híbrido mais acessível do país. O sistema combina motor 1.5 flex aspirado a um motor elétrico de 235 cv combinados, associado ao câmbio E-CVT de engrenagem única.
A autonomia pode superar 1.000 km com tanque cheio e bateria carregada, e o consumo urbano passa de 25 km/l em modo híbrido. O modelo oferece multimídia de 12,8” giratória, acabamento refinado e porta-malas de 520 litros.

Nessa proposta o BYD tem seis anos de garantia, bom rendimento e eletrificação como vantagem diante do Renault Boreal. A inclusão de ADAS e também teto solar na linha 2026 o tornaram ainda mais competitivo.
Boreal terá que equilibrar preço, desempenho e tecnologia
Entre os concorrentes abaixo de R$ 200 mil, o Renault Boreal deve apostar em três pilares: espaço interno, conectividade e motor turbo eficiente.
Com 4,56 m de comprimento, 1,84 m de largura e porta-malas de 586 litros, o SUV francês será um dos maiores da categoria, com porte próximo ao Tiggo 8 Pro, mas proposta urbana semelhante à do Compass.

Para conquistar espaço, o Boreal precisará combinar desempenho próximo aos 185 cv dos rivais mais potentes, consumo competitivo e nível de equipamentos que justifique o preço próximo ao teto da faixa. A Renault está disposta a fazer isso com o Boreal com conjunto interessante e preços competitivos para incomodar seus rivais diretos.
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