Teste com Tracker RS 2026: reação para voltar à liderança?
Versão esportiva vem equipada com motor 1.2 litro turbo de até 141 cv e acabamento esportivo

O Chevrolet Tracker foi o SUV compacto mais vendido do Brasil em 2020 e 2021, mas perdeu espaço para rivais tão logo a produção de veículos foi normalizado no país. Hoje, quem manda no segmento é o Volkswagen T-Cross, seguido de perto por Hyundai Creta e Honda HR-V, este último quase sempre no top 3 mais vendidos da categoria em 2025.

Agora, com a linha 2026 e a chegada da versão RS, a Chevrolet tenta reagir e, para isso, aposta em novo design inspirado no Equinox EV, interior mais tecnológico com duas grandes telas e acabamento de apelo esportivo. A dúvida é se o conjunto, formado pelo motor 1.2 turbo de 141 cv e preço de R$ 190,5 mil, será suficiente para encurtar a distância para concorrentes que entregam mais potência na mesma faixa de valor.
Visual atualizado e interior conectado
A linha 2026 trouxe ao Tracker um estilo mais próximo dos SUVs elétricos da Chevrolet, em especial o Equinox EV. Os faróis diurnos são afilados e conectados por uma grade frontal escurecida, enquanto rodas, retrovisores e lanternas ganharam acabamento em preto. A traseira, por outro lado, manteve o desenho anterior.

Por dentro, o destaque fica para o painel digital de 8 polegadas e a central multimídia de 11 polegadas, que traz Wi-Fi integrado, Android Auto e Apple CarPlay sem fio e carregador por indução. A conectividade funciona bem, com respostas rápidas e gráficos semelhantes aos de um smartphone. O pacote ainda inclui teto solar panorâmico, câmera de ré de boa resolução, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, retrovisor interno eletrocrômico, faróis de LED e sensor de chuva. Também há itens de segurança como alerta de ponto cego, aviso de colisão frontal e frenagem autônoma de emergência em baixa velocidade.

O acabamento esportivo da versão RS, entretanto, divide opiniões. Os detalhes em vermelho nos bancos e portas lembram carros tunados dos anos 2000, e a iluminação interna poderia ser mais sofisticada. Ainda assim, a montagem é correta, com bons encaixes de plásticos e bancos confortáveis.

Espaço interno e porta-malas
Com 4,30 metros de comprimento, 1,79 m de largura, 1,62 m de altura e 2,57 m de entre-eixos, o Tracker oferece bom espaço para quatro adultos, embora comporte até cinco. O porta-malas de 393 litros não é dos maiores da categoria, mas atende bem às viagens em família e ao uso urbano.

Motor e desempenho
Produzido em São Caetano do Sul (SP), o Tracker RS mantém o motor 1.2 turbo de três cilindros, com injeção direta. São 141 cv e 22,9 kgfm com etanol (139 cv e 22,4 kgfm com gasolina), sempre combinados ao câmbio automático de seis marchas.

Nos testes, o SUV acelerou de 0 a 100 km/h em 9,7 segundos e atingiu máxima de 190 km/h. O consumo registrado foi de 11 km/l (gasolina) e 7,6 km/l (etanol) na cidade, enquanto na estrada os números sobem para 13,7 km/l (gasolina) e 9,7 km/l (etanol).

O desempenho é correto para a categoria, com boas respostas em ultrapassagens e retomadas. A suspensão se destaca pelo equilíbrio: firme o bastante para encarar ruas esburacadas, mas sem abrir mão do conforto interno.
Preço e rivais mais potentes
Com preço sugerido de R$ 190.500, o Tracker RS acaba disputando clientes diretamente com SUVs mais fortes. O líder T-Cross Highline custa R$ 189.990 e entrega 150 cv. O HR-V Advance sai por R$ 199.400 com motor 1.5 turbo de 177 cv. Já o Creta Ultimate parte de R$ 199.590 com até 193 cv, enquanto o Pulse Abarth é menor, mas tem 185 cv e custa R$ 157.990.

Diante desse cenário, quem busca potência tende a optar pelos rivais. O que o Tracker oferece como diferencial é o conjunto equilibrado, o bom trabalho de suspensão, a conectividade moderna e um pacote de equipamentos que atende bem às necessidades do dia a dia.

Vale a pena?
O Tracker RS 2026 é a resposta da Chevrolet para tentar se aproximar novamente da liderança dos SUVs compactos. Ele combina design atualizado, interior tecnológico e condução equilibrada, mas ainda sofre por oferecer menos potência em relação aos principais concorrentes diretos. Para quem valoriza conectividade e conforto urbano, o modelo se mostra competitivo. Já para quem busca desempenho bruto, T-Cross, Creta e HR-V continuam em vantagem.
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