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Governo espera que Petrobras evite novos aumentos nos combustíveis

Troca no comando da estatal é mais uma tentativa de evitar os reajustes constantes nos preços. Importadores de combustíveis pressionam por novos aumentos

Blog do Nolasco|Do R7

O governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) decidiu fazer a troca no comando da Petrobras com o objetivo de pelo menos evitar novos aumentos nos preços dos combustíveis no país. Fontes do governo disseram ao blog que a avaliação interna no Palácio do Planalto é que a margem de lucro da empresa precisa ser reduzida e dessa forma esperam que não sejam repassados outros reajustes no curto prazo. Por mais de uma vez, o presidente Jair Bolsonaro disse que era um exagero a margem de lucro da Petrobras ser de 30%, enquanto outras empresas do setor de petróleo atuam com uma margem de lucro de 15%.

Governo defende redução da margem de lucro da Petrobras
Governo defende redução da margem de lucro da Petrobras Governo defende redução da margem de lucro da Petrobras

Na noite desta segunda-feira (23), o governo anunciou que pretende trocar o comando da Petrobras. José Mauro Coelho, que estava na presidência da empresa havia apenas 40 dias, será trocado por Caio Mário Paes de Andrade, que era secretário do Ministério da Economia. Assim, o presidente conclui as mudanças iniciadas com a substituição do ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque.

As alterações também confirmam a retomada da influência do ministro da Economia, Paulo Guedes, no setor energético. O novo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, e o novo indicado para a Petrobras eram auxiliares de Guedes.

As mudanças na Petrobras, quatro feitas pelo presidente, também mostram a preocupação de Jair Bolsonaro com a influência negativa da alta dos preços dos combustíveis nas eleições. Os aumentos nos valores do petróleo no mercado internacional foram provocados por diversos motivos, entre eles a pandemia e a guerra entre Rússia e Ucrânia. No Brasil, os preços dos combustíveis também sofrem influência da desvalorização do real ante o dólar.

De acordo com a Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom), o óleo diesel, reajustado há 15 dias, já acumula defasagem em relação ao mercado internacional, entre R$ 0,10 e R$ 0,01, a depender do porto de operação. O preço da gasolina, que sofreu aumento há 74 dias, em 11 de março, estaria defasado entre R$ 0,26 e R$ 0,38 por litro em relação ao preço de paridade de importação. Cerca de 30% do mercado nacional de combustíveis é abastecido por produtos importados.

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