O deputado Javier Milei, frequentemente comparado ao ex-presidente Jair Bolsonaro na Argentina, é o favorito para assumir a Presidência do país. Ele lidera a maioria das pesquisas e parece estar um pouco mais à frente quando se observa de perto o comportamento dos argentinos.
Javier Milei fez um encerramento de campanha digno de show de rock, com ginásio lotado e muito barulho. Nas ruas, é ele quem é cercado por eleitores e atrai muita gente. A eleição está marcada para este domingo (22).
A grande dúvida é se as propostas ultraliberais do deputado "libertário" serão capazes de tirar a Argentina de uma longa crise econômica. O homem que tem como um dos símbolos a motosserra e chega a empunhá-la nas ruas fala em dolarizar a economia e acabar com o Banco Central do país.
Isso tem gerado incertezas. Fica claro quando um argentino fala: "Não sei o que será a partir de domingo com o peso".
O peso, a moeda local, que já estava desvalorizado, tem perdido mais a cada dia. Na cotação oficial, US$ 1 é igual a cerca de 350 pesos. No câmbio do meu hotel, eu consegui 800 pesos para US$ 1, e, nas ruas, essa cotação é em torno de 1.000 pesos para US$ 1.
A polícia, comandada pelo presidente peronista Alberto Fernandes, está nas ruas para tentar impedir esse câmbio irregular.
Alberto Fernandes, atual presidente da Argentina, bate recordes de impopularidade. O ministro da Economia dele, Sergio Massa, tenta evitar a vitória de Javier Milei. Para atrair votos, Massa tem usado os incentivos fiscais e falado em aumento de taxas com a vitória dos adversários.
Para este blog, seria uma grande surpresa a proximidade entre Massa e Milei na votação de domingo. As pesquisas, atualmente, falam em diferença de menos de 5%. Acredito que, após a apuração, a diferença será maior.
A terceira colocada nas pesquisas, que tenta evitar um segundo turno entre Milei e Massa, é a ex-ministra da Segurança Patricia Bullrich. Ela é outra candidata que representa a direita conservadora.
O blog, o Jornal da Record e o PortalR7 acompanham de perto as eleições aqui na Argentina.
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