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Arthur Lira 'lavou as mãos' sobre convocação de Guedes

De Roma, presidente da Câmara deu sinal verde para que ministro fosse chamado a depor no plenário – situação de forte desgaste para o titular da Economia

Christina Lemos|Do R7

O presidente da Câmara, Arthur Lira: Centrão aderiu em peso à convocação de Guedes
O presidente da Câmara, Arthur Lira: Centrão aderiu em peso à convocação de Guedes

O presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP/AL), que está em Roma para encontros preliminares sobre a Cúpula do Clima de Glasgow, foi consultado e deu sinal verde para que fosse posto em votação o requerimento da oposição que convoca a depor em plenário o ministro da Economia, Paulo Guedes. A sessão foi conduzida pelo vice-presidente da Casa, Marcelo Ramos (PP/AM), e o requerimento terminou aprovado com o voto de grande número de parlamentares de partidos do Centrão.

“Lira e o Centrão lavaram as mãos”, diz integrante do PP que está entre os favoráveis à convocação. “Tudo vai depender das explicações do ministro, mas a verdade é que Guedes já não agrada a muita gente, nem na Câmara nem no ministério”, declara. Entre as insatisfações com o ministro estaria o rompimento de acordos para o pagamento de emendas. O “fogo amigo” também parte de colegas do primeiro escalão, em que Guedes angaria desafetos.

Por meio da assessoria, o ministro se declara “tranquilo” para o depoimento, uma vez que já havia se preparado para comparecer à Câmara e também ao Senado. A sessão pode ocorrer na semana que vem, sendo parcialmente remota, à qual o ministro comparecerá presencialmente. O ministro é chamado a dar explicações sobre conta mantida em paraíso fiscal, de acordo com revelações da investigação jornalística Pandora Papers, tornadas públicas no domingo. 

No início da tarde de hoje, Guedes tem encontro marcado com o presidente Jair Bolsonaro. O compromisso consta da agenda oficial, resume-se a 30 minutos e fez surgir rumores de que o titular da Economia venha a pôr o cargo à disposição. Fontes do Planalto sustentam, porém, que o presidente ainda deseja mantê-lo no cargo. Bolsonaro completa quatro dias sem se manifestar em defesa do ministro, o que alimenta a percepção de que o presidente não pretende protegê-lo e aguarda o resultado prático das explicações.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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