Termina nesta sexta-feira o prazo para convenções partidárias e é intensa a corrida para a composição de chapas. Alguns dos principais nomes em disputa por cargos executivos atravessaram toda a etapa da pré-campanha sem um vice — posto utilizado para fortalecer a aliança partidária ou agregar votos de parcelas de eleitores.
Entre os principais presidenciáveis, Ciro Gomes, do PDT, se prepara para a escolha de um vice, provavelmente dentro do próprio partido. Primeira a ser oficializada na disputa, a candidatura do político cearense tem forte caráter personalista e dificuldades de aliança tanto à direita quanto à esquerda.
Ciro alega ter mantido conversas com MDB, PSD e União Brasil e PSDB, mas todas essas legendas já têm acordos ou chapas no âmbito federal e já encerraram seus compromissos de aliança. O candidato declara ter preferência por uma mulher na vaga de vice em sua chapa, que, ao que tudo indica, será “puro sangue”, isto é, com parceiro do próprio partido.
O líder nas pesquisas para o governo do principal estado do país, São Paulo, Fernando Haddad, do PT, também está à caça de um vice a 48 horas do fim do prazo para as convenções. A aposta nesta reta final é de acordo com o PDT, de Carlos Lupi, que já está em São Paulo para a convenção do partido no estado, marcada para amanhã.
A dificuldade para o acordo do petista com o PDT reside no próprio Ciro, que ficaria sem palanque para a campanha no maior colégio eleitoral do país. O pedetista tem feito duras críticas ao PT e a Lula e evitou o voto em Haddad em 2018, quando viajou para o exterior após o resultado de primeiro turno, que o retirou da disputa.
A ex-ministra Marina Silva, da Rede, recusou convite para vice de Haddad nesta segunda-feira. Após a negativa de Marina, as conversas foram retomadas praticamente do zero, na contagem regressiva para o fim do prazo.
Outro concorrente ao Palácio dos Bandeirantes que também não tem vice em sua chapa é o atual governador do estado, Rodrigo Garcia, do PSDB. O tucano está coligado a outros nove partidos, mas busca nomes no União Brasil e no MDB.
A promessa da equipe de campanha é que o anúncio seja feito até amanhã. Os mais cotados para o posto são o deputado federal pelo União Brasil, Geninho Zuliani e o ex-secretário de Saúde, Edson Aparecido, hoje no MDB.
Garcia está em terceiro nas pesquisas, e aparece empatado com o ex-ministro Tarcísio de Freiras, com quem luta pela vaga na disputa de segundo turno contra Fernando Haddad. O petista atravessou a pré-campanha mantendo-se estável na faixa dos 35% de intenções de voto.
Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.