Com forte movimento, em várias frentes, para tentar frear preços e minorar o mal-estar social provocado pela inflação a menos de três meses da eleição, as contas do governo federal foram submetidas a drástica perda de arrecadação, estimada em mais de R$ 71 bilhões. O cálculo é resultado da soma de tudo o que os cofres federais deixarão de arrecadar – a renúncia fiscal, o principal instrumento utilizado neste momento para forçar a queda imediata de preços.
Colaboram para essa conta as reduções de taxações como: IPI, PIS/Cofins sobre combustíveis, desoneração da Cide sobre combustíveis e desoneração da folha de pagamento das empresas.
O peso maior na conta da renúncia fiscal corresponde ao IPI, com perdas estimadas em mais de R$ 23 bilhões. Somadas, as desistências de taxação que envolvem combustíveis passam dos R$ 31 bilhões. As contas foram apresentadas pelo Ministério da Economia, em entrevista nesta segunda (25) sobre os cortes que pretende promover no Orçamento.