Covid-19: Rendesevir é esperança para doentes, mas ainda inacessível
Medicamento aprovado pela Anvisa é antiviral eficiente, mas fabricação em larga escala é ainda distante. Fórmula foi desenvolvida por americanos para enfrentar Ebola e pneumovírus
Christina Lemos|Do R7
O antiviral Rendesevir é conhecido dos epidemiologistas desde a epidemia do Ebola - febre hemorrágica surgida no Congo em 1976. Recentemente, o medicamento vinha sendo testado por cientistas da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, que indicaram resultados positivos contra o Coronavírus no início de 2020. O tempo de recuperação dos pacientes com Convid-19 tratados com o Rendesevir é mais rápido, podendo chegar a de dez dias, segundo estudos.
A principal característica do medicamento é atuar como antiviral de relativo amplo espectro, principalmente contra os pneumovírus, paramixovírus e agora, contra o Coronavírus. O remédio é desenvolvido pela empresa americana Gilead Sciences, e está atualmente em fabricação em 5 fábricas nos Estados Unidos e na uma na Irlanda. O acesso ao medicamento em larga escala encontrará obstáculos logísticos importantes, apesar da aprovação para uso pela Anvisa.
A aplicação é intravenosa - somente possível em situação de internação. O custo é alto e o medicamento vem sendo utilizado apenas em pacientes em estado grave.
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