Christina Lemos Decisão mais apertada da história será por cerca de 3 milhões de votos

Decisão mais apertada da história será por cerca de 3 milhões de votos

Com empate técnico, estimativa de institutos é de margem pequena, superando o resultado apertado entre Dilma X Aécio, em 2014

Segundo turno: projeções indicam resultado apertado e histórico.

Segundo turno: projeções indicam resultado apertado e histórico.

TSE/Divulgação - MONTAGEM/LUCE COSTA/ARTE R7

Diante do cenário de empate técnico entre Jair Bolsonaro, do PL ,e Lula da Silva, do PT, projetado por vários institutos de pesquisa, os prognósticos para a disputa deste domingo indicam a diferença mais apertada entre dois candidatos à presidência desde a instituição do voto direto (1989) no Brasil, após a Constituição de 88. Levantamentos concluídos na noite deste sábado, véspera do segundo turno, indicam que a vantagem do petista sobre o candidato à reeleição pode ficar entre 3 milhões e 3,5 milhões de votos.

Confirmada a projeção, Bolsonaro terá avançado cerca de 3 milhões de votos nos 30 dias que separam o primeiro do segundo turno, obtendo um resultado histórico, mesmo se for derrotado.

Uma diferença tão pequena seria a menor distância entre dois competidores ao Planalto desde a Constituição de 88, equiparando-se ao resultado apertado mais recente, ocorrido em 2014, quando Dilma Rousseff, do PT, obteve a reeleição ao superar o adversário do PSDB, Aécio Neves, por pouco mais de 3,4 milhões de votos.

Lula da Silva concorre à sua sexta eleição presidencial. No correr dos últimos 33 anos, o petista perdeu para Fernando Collor (na época, do PRB) pela menor margem – 4 milhões de votos. Foi derrotado duas vezes pelo tucano Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em 1994, por 17,1 milhões de votos, e em 1998, por 14,4 milhões de votos.

As duas vitórias seguintes de Lula, em 2002, contra Serra (PSDB) e em 2006, contra Alckmin (então, no PSDB) – ambas em primeiro turno -  foram obtidas com ampla margem de vantagem, ao redor dos 20 milhões de votos.

Bolsonaro, por sua vez, venceu com facilidade o petista Fernando Haddad, em 2018 e encerrou a disputa no primeiro turno, com uma dianteira de mais de 11 milhões de votos.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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