Disputa por poucas vacinas são novo problema para Pazuello
As primeiras doses da vacina - 2 milhões - contra a Covid-19 são apenas a largada da campanha nacional, mas já causam disputa. Urgência e incidência da Covid-19 não estão nas regras
Christina Lemos|Do R7
A chegada das primeiras doses da vacina Astrazeneca/Oxford contra a Covid-19 - em
quantidade limitada de 2 milhões de doses prontas para a aplicação - representam uma pequena parcela do que será necessário para imunizar grupos prioritários definidos pelo governo federal. Esta importação inicial, quase simbólica diante da demanda nacional, gera disputa e cobranças por parte de prefeitos e governadores, que exigem critérios para a distribuição. A única regra ventilada até o momento é que a partilha será proporcional à população, sem considerar índices de contágio ou situações de calamidade local.
Outras 46 milhões de doses da Coronavac estão encomendadas ao Instituto Butantan. No entanto, nenhuma das duas vacinas tem autorização da Anvisa para uso emergencial, o que pode ocorrer neste domingo.
O lote importado da Índia e cuja chegada está prevista para domingo, no Rio de Janeiro, será encaminhado à Fiocruz, para fixação de rótulos e padronização nacional. O procedimento deve levar 24h. Depois disso, as vacinas serão entregues aos responsáveis pelo Plano Nacional de Imunização, que deverão ter clareza de critérios para a distribuição, incluindo a logística de entrega. Os municípios menores, por exemplo, têm expectativa de receber as vacinas de helicóptero. Apenas aqueles que demonstrarem condições de armazenamento e conservação do imunizante receberão as primeiras doses.
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