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Eleição terá duelo entre tv e internet na caça por votos

Coligação de Geraldo Alckmin, do PSDB, terá 10 partidos e o maior tempo de tv: 4 minutos e 46 segundos. Para 10 de 13 candidatos, a alternativa será a internet

Christina Lemos|Do R7

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Urna eletrônica
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A aglutinação de partidos de centro-direita em torno do pré-candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, que deve ser oficializada na quinta-feira desta semana, deixa com pouca margem para alianças os demais concorrentes e restringe drasticamente o acesso ao principal capital da eleição: o tempo de tv no horário gratuito eleitoral. De acordo com cálculos da assessoria da Câmara, até aqui, dos 13 pré-candidatos colocados, apenas 3 têm mais de um minuto.

Jair Bolsonaro, do PSL, primeiro colocado nas pesquisas que excluem Lula, desdenha do fato de que tem apenas 3 segundos na tv. O pré-candidato, conhecido pela forte presença nas redes sociais, costuma mostrar o aparelho de celular a quem lhe pergunta sobre o tema - indicando que o considera arma mais poderosa de comunicação. No entanto, cerca de 1/4 da população brasileira não consulta qualquer forma de comunicação via internet.


Segundo o levantamento da Câmara, o tucano, que já tem o apoio formal de 4 partidos e espera formalizar o de mais 6 legendas, decola em vantagem no quesito tempo no rádio e na tv. O cálculo é feito de forma proporcional ao tamanho da bancada de deputados federais que cada partido elegeu no pleito anterior - neste caso, 2014. Seria o seguinte o tempo de cada pré-candidato, pelo cenário atual de alianças:

Geraldo Alckmin (PSDB): 4’48”


Candidato do PT: 1’31”

Henrique Meirelles (MDB): 1m31”


Ciro Gomes (PDT): 28”

Paulo Rabello (PSC): 19”


Manuela D’Ávilla (PCdoB): 13”

Guilherme Boulos (PSOL): 8”

Álvaro Dias (Podemos): 7”

Jair Bolsonaro (PSL): 3”

Levy Fidelix (PRTB): 3”

João Amoêdo (Partido Novo): 2”

Candidato do PSTU: 2”

Os tucanos ganharam ânimo novo com as alianças, mas admitem que tempo de tv não significa garantia de conquista de uma vaga no segundo turno. “Temos um candidato que segue pela via tradicional: com coligação ampla, tempo de tv, experiência e trabalho para mostrar. Do outro lado, há concorrentes que tem como trunfo justamente não ter nada disso e usarão a internet como forma de multiplicar sua mensagem” - diz o deputado Marcus Pestana (PSDB/MG), um dos formuladores dentro do partido.

A situação força Ciro Gomes, aclamado na última quinta pré-candidato pelo PDT, a se apressar para tentar aglutinar os partidos de esquerda em torno de sua candidatura. O PT descarta esta aliança e trabalha com a possibilidade de indicar um substituto para Lula dentro do prazo autorizado pela Lei Eleitoral - 20 dias antes do primeiro turno.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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