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Christina Lemos - Blogs

Exclusivo: crianças brasileiras detidas nos EUA são localizadas em 15 abrigos 

Chanceler Aloysio Nunes Ferreira diz que ato “é cruel” e “afronta consciência universal”. Consulado brasileiro em Huoston assegura que os menores, entre 5 e 17 anos, estão bem

Christina Lemos|Do R7

Aloysio Nunes Ferreira - Ministro das Relações Exteriores
Aloysio Nunes Ferreira - Ministro das Relações Exteriores

O Ministério das Relações Exteriores completou hoje o rastreamento das 49 crianças brasileiras nos Estados Unidos que foram separadas dos pais, detidos por migração ilegal. Elas estão espalhadas em 15 abrigos e tem entre 5 e 17 anos. O vice-cônsul do Brasil nos Estados Unidos, Felipe Santarosa, declara que “a condição de saúde das crianças é boa" e que "todas estão passando por acompanhamento psicológico e assistência social". Segundo o cônsul "os abrigos no Texas ainda não foram visitados, mas os consulados dos outros estados fizeram visitas e não reportaram maus-tratos ou condutas indevidas.”

O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, falou com exclusividade ao blog sobre o tema. Ele explica que a “ordem executiva” do presidente americano Donald Trump, que voltou atrás e determinou o fim da separação entre pais e filhos, vai permitir o encontro das famílias brasileiras em um centro de custódia. Em princípio, as crianças podem ficar com seus pais até que seja julgada a legalidade do ingresso no país. Em caso de deportação, as crianças retornam ao Brasil junto com os responsáveis.

O chanceler garantiu que o governo brasileiro vai acompanhar a implementação da medida de Trump. “O mais urgente agora é a unificação, poderem se encontrar, os pais, responsáveis e as crianças”, declara. E condenou o tratamento dado pelo governo americano às famílias de migrantes: “isso é uma iniciativa cruel, desumana, reprovada pela consciência universal, não só no Brasil, em todo o mundo e inclusive muito fortemente nos Estados Unidos".

Segundo o levantamento do Consulado do Brasil em Huoston, obtido com exclusividade pelo blog, a distribuição das crianças brasileiras se dá por seis regiões dos Estados Unidos. Em duas instituições de Chicago estão o maior número delas: 29. Outras 8 estão de dois abrigos no Arizona. Onze instituições, localizadas no Texas, Califórnia, Flórida e Nova Iorque abrigam 1 criança brasileira cada.

“Os consulados têm um advogado especial para tratar os casos imigratórios. Por enquanto, as crianças permanecem aguardando o processo dos pais ser finalizado. A maior preocupação é evitar que essas crianças fiquem para trás e o resto da família seja deportada” - declara o vice-cônsul. Santarosa admite que na última semana o número de crianças pode ter aumentado. E que a lista deverá ser atualizada nos próximos dias.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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