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Fala de Lula demarcará limites da disputa pré-eleitoral

A antecipação de um discurso de candidato pode precipitar polarização com Bolsonaro e divide o PT. Ex-presidente falará às 11h pela primeira vez após decisão do STF que lhe restabeleceu a elegibilidade

Christina Lemos|Do R7

O ex-presidente Lula: calibragem do discurso e cautela para evitar rejeição
O ex-presidente Lula: calibragem do discurso e cautela para evitar rejeição O ex-presidente Lula: calibragem do discurso e cautela para evitar rejeição

A calibragem do tom e do conteúdo das declarações do ex-presidente Lula, previstas para o final da manhã de hoje, ocuparam as últimas 48 horas do núcleo político mais próximo ao líder petista. A entrevista coletiva, primeira desde a decisão do ministro Edson Fachin que resultou na recuperação dos direitos políticos de Lula, está marcada para às 11h desta quarta, após adiamento de 24h, e terá transmissão via internet. Entre os petistas há os que defendam foco na pandemia e no cumprimento da Justiça e que se evite, neste momento, antecipar a disputa eleitoral. O principal temor é que a precipitação do debate estimule a polarização, que é vista como favorável a Bolsonaro. 

Uma das principais preocupações é evitar o agravamento da rejeição a Lula, que, neste momento, de acordo com pesquisa do IPEC – Instituto em Pesquisa e Consultoria, mantém vantagem neste quesito, perante os outros primeiros colocados. O levantamento, publicado pelo jornal o Estado de São Paulo no domingo, aponta que o ex-presidente é o único com “potencial de voto” superior a Bolsonaro e a menor rejeição entre os demais prováveis competidores. Pela pesquisa, os eleitores que disseram que votariam “com certeza” e que “poderiam votar” em Lula somam 50%, contra 38% de Bolsonaro. Aqueles que declararam que “não votariam de jeito nenhum” em Lula foram 44%, enquanto Bolsonaro obteve 56% de rejeição.

Lula falará a partir de seu tradicional bunker e berço político, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, mesmo local de onde foi retirado pela polícia para ser conduzido à prisão, num traumático episódio que marcou sua saída definitiva da última disputa presidencial. Todo o processo enfrenta neste momento uma revisão histórica, por iniciativa de seus advogados, após anos de batalha jurídica. A entrevista está sendo considerada por petistas e apoiadores um marco da retomada da trajetória política interrompida por interferência da Justiça.

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