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Pazuello se reúne hoje com comandante do Exército

General será cobrado por participação em palanque ao lado de Bolsonaro em ato considerado político e vedado a militares da ativa

Christina Lemos|Do R7


Pazuello participa de ato ao lado do presidente Bolsonaro no domingo (23) no Rio de Janeiro
Pazuello participa de ato ao lado do presidente Bolsonaro no domingo (23) no Rio de Janeiro

O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello foi convocado para uma reunião na tarde desta segunda-feira (24) com o comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira, após a polêmica gerada por sua participação em manifestação pró-Bolsonaro, no Rio de Janeiro, neste domingo. Pazuello, que é general da ativa, subiu ao palanque e discursou ao lado do presidente. Integrantes das Forças Armadas são proibidos de participar de atos políticos. Uma eventual punição não está descartada.

O blog apurou que o encontro foi marcado "de comum acordo" entre os dois oficiais e que Pazuello mantém “boas relações” com o atual comandante do Exército. Mas ambos estão diante de um problema político e disciplinar. Para a cúpula militar, a participação de um oficial da ativa em evento de claro caráter político é inadmissível porque passa às tropas a ideia de que o ato de indisciplina é aceitável.

Entre integrantes da cúpula militar, sempre houve contestação ao fato de Pazuello, um general de três estrelas, assumir o cargo de ministro de estado, função considerada eminentemente política. À época, a resistência explícita veio do então comandante do Exército, general Pujol, substituído por Bolsonaro na última troca ministerial.

A percepção geral é de que a atuação de Pazuello no evento público expõem também o ministro da Defesa, Braga Netto, que será cobrado pelos insatisfeitos na cúpula militar. O próprio Braga Netto participou de evento semelhante ao lado de Bolsonaro. A diferença é que atual ministro da Defesa é um militar reformado.

O encontro se dá em contexto desfavorável para o ex-ministro, que acaba de prestar depoimento à CPI da Covid no Senado. Suas declarações à comissão de inquérito foram vistas como forma de blindar a atuação do presidente Bolsonaro na crise de saúde. Há, inclusive, pedidos de reconvocação de Pazuello que devem ser apreciados pela CPI nesta quarta-feira.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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