O presidente do PL, Valdemar Costa Neto: articulações finais para a filiação de Bolsonaro
José Cruz/02.10.2012/ABrO anúncio da entrada do presidente Bolsonaro – sem partido – no PL, presdido por Valdemar Costa Neto, causou a rejeição de parte da bancada do partido na Câmara e de lideranças regionais da legenda no Norte e no Nordeste. “Não tenho nenhuma condição política de estar no mesmo palanque do presidente Bolsonaro”, declara o deputado Marcelo Ramos (PL/AM), vice-presidente da Câmara, que tem se posicionado como oposição ao Planalto.
Outros críticos da filiação protestam, utilizando expressão adotada pelo próprio presidente. “PL não será partido pra chamar de seu”, declaram, em reação à ideia de que Bolsonaro deseja comandar a legenda que o abrigar.
No comando da legenda, no entanto, o clima é de festa, e já se cogita que a filiação ocorra no dia 22 – número do partido. Pelas contas da cúpula do PL, a entrada de Bolsonaro levará ao súbito crescimento da bancada na Câmara, com a adesão de bolsonaristas. O PL conta hoje com uma das maiores da Casa, com 43 representantes. A expectativa é superar 63 deputados.
A eventual filiação também incomoda o PP, que corteja Bolsonaro. Os progressistas são hoje os principais aliados do presidente e se definem como "parceiros pela governabilidade". O provável crescimento do PL na Câmara credencia a legenda a disputar a presidência da Casa, hoje sob o controle do PP de Arthur Lira (PP-AL). Ao mesmo tempo, também limita o inchaço do novo Aliança Brasil, que surgirá com a fusão entre DEM e PSL, que tramita na Justiça Eleitoral.
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