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Reforma ministerial está pronta e desaloja 4 mulheres do time de Lula

Último formato, fechado na noite desta segunda, prevê saída de Ana Moser, Cida Conçalves e da presidente da CEF. Luciana Santos muda de pasta

Christina Lemos|Do R7 e Christina Lemos


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva: risco de desagradar a lideranças femininas que apoiam o governo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva: risco de desagradar a lideranças femininas que apoiam o governo

Depois de muitos ensaios, o último formato das trocas no ministério para acomodar representantes do PP e do Republicanos culminou por desalojar de seus postos quatro mulheres no time do presidente Lula, que corre para apresentar as mudanças antes de decolar para a Índia, nesta quinta (7). A fórmula, no entanto, não exime o petista de desgaste com a ala feminina da equipe e com aliados de primeira hora, em favor de agregar setores do centrão, em nome de ampliar a governabilidade e o apoio no Congresso.

Na noite desta segunda-feira era dada como certa a saída de Ana Moser do Ministério do Esporte, para acomodar André Fufuca, afilhado de Arthur Lira, do PP. A pasta torna-se atraente a partir da perspectiva de aumento bilionário na arrecadação, com a aplicação das regras da MP que permite a taxação de apostas esportivas. Moser é escolha pessoal de Lula, que relutou em desalojá-la do cargo e busca uma compensação para a ex-atleta, como a eventual representação do Brasil em organismo internacional ligado ao esporte.

Ala da bancada do PP, no entanto, também não estaria satisfeita com a entrega da pasta do Esporte, já que ambicionava uma fatia do Ministério do Desenvolvimento Social, de Wellington Dias. A palavra final será de Arthur Lira, que opera as mudanças junto a Lula.

O principal nó da reforma, no entanto, é a eventual troca de cargos de Márcio França, que migraria para Ciência e Tecnologia, comandada hoje por Luciana Santos, do PCdoB. Com a mudança, França abriria vaga para Sílvio Costa Filho, do Republicanos, na pasta de Portos e Aeroportos, para que o deputado passe a atuar junto à ala do partido palatável ao governo — uma vez que o presidente da legenda, Marcos Pereira, repudia a adesão. O destino cogitado para Luciana Santos é o Ministério das Mulheres, hoje ocupado por Cida Gonçalves, muito representativa da militância de gênero, que deixaria o governo.

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França, no entanto, que havia demonstrado concordar com a troca de pastas, não gostou da ideia de ser deslocado de sua cadeira para abrigar um político do Republicanos — partido de seu potencial adversário estadual, Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo.

A quarta mulher a ser afetada pelo novo formato do time de governo não está na Esplanada, mas opera o principal braço financeiro do governo federal: a presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Rita Serrano. O posto deve ser entregue a representante do PP, e o mais cotado para a função voltou a ser Gilberto Occhi, que já presidiu a instituição.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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