Rodrigo Maia: “se fosse votar hoje, Previdência perderia na CCJ”
Presidente da Câmara avalia que foi “erro primário” não ter estratégia de comunicação para a reforma nas redes sociais
Christina Lemos|Do R7
O deputado Rodrigo Maia (DEM/RJ), presidente da Câmara e um dos principais articuladores da Reforma da Previdência, admite que manobrou a agenda da Casa para dar tempo ao governo Bolsonaro para organizar a defesa da proposta e aglutinar apoios. “Se fosse votar hoje na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), eu acho que perdia ou não votaria. A maioria iria obstruir para não deixar votar” - disse Maia. O democrata adiou desta terça para a semana posterior ao Carnaval a instalação da CCJ que apreciará a admissibilidade da reforma.
“Vamos dar tempo ao tempo para que as coisas se organizem, para que quinze dias não representem a derrota da reforma da Previdência”, declarou o parlamentar, para quem a pressa pode frustrar o projeto, prioritário para o país, segundo ele.
Maia voltou a criticar a falta de uma estratégia de campanha via redes sociais em defesa da emenda. “Foi um erro primário não ter se preparado para essa guerrilha”. E sugeriu que seja usada a experiência do PSL, para ele bem sucedida na eleição de Bolsonaro. “Os que não querem a reforma não jogarão o jogo normal, educado”, ressaltou.
Nesta terça-feira, o secretário de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, passou mais de 8 horas na Câmara, numa peregrinação que incluiu reuniões com 4 bancadas partidárias e com a frente parlamentar da agropecuária, no primeiro dia de esforço para explicar a medida. O presidente Jair Bolsonaro também entrou na articulação da proposta e convocou todos os líderes aliados ao Palácio da Alvorada.
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