A Anvisa se reuniu nesta quinta-feira (29) para, em transmissão ao vivo, esclarecer os motivos que levaram a levaram a recusar a importação da vacina russa Sputnik V na última segunda (26). Os técnicos da agência brasileira divulgaram um trecho de uma reunião em que mostra a pesquisadores do Instituto Gameleya, na Rússia, a presença de adenovírus replicante na vacina Sputnik V. Para a Anvisa, este foi o principal motivo para a negativa da importação do imunizante.
Por sua vez, o Gamaleya divulgou um documento onde rebate, de maneira técnica e em 30 pontos, a decisão da Anvisa. Mesmo assim, a vacina russa continua barrada no Brasil. Mas, segundo Antonio Barra Torres, diretor-presidente da agência, as portas não estão fechadas para a Sputnik. "Não estamos fechando portas, absolutamente nada. Esses dados apresentados podem ser revistos, corrigidos e reapresentados. Mas a decisão do regulador é um retrato do momento. E no momento, naquela segunda-feira passada, não nos foi possível aprovar, o que nos deu grande tristeza."
A negativa da Anvisa é uma complicação para o os governadores dos estados do Nordeste, que estavam negociando em conjunto a compra direta da milhões de doses da vacina russa. Agora eles precisam aguardar decisão do STF para decidir se continuam ou não a negociação.
Assim, o governador do Piauí, Wellington Dias, divulgou um vídeo dando a notícia de que o Consórcio do Nordeste vai receber na próxima semana um carregamento com cerca de 4 milhões de doses de vacinas vindas da Covax-Facility. Assista: