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Sob pressão, Doria se reúne hoje com Araújo em São Paulo

Cenário para candidatura do ex-governador se deteriora, com apoio declarado de partidos à emedebista Simone Tebet

Christina Lemos|Do R7

Doria: opção como vice de Tebet é proposta sobre a mesa
Doria: opção como vice de Tebet é proposta sobre a mesa Doria: opção como vice de Tebet é proposta sobre a mesa

Será dura a conversa prevista para o final do dia de hoje, em São Paulo, entre o presidente do PSDB, Bruno Araújo, e o ex-governador do estado João Doria. A cúpula do partido apresentará ao pré-candidato o indicativo de que as três legendas que buscam uma candidatura única para a terceira via, PSDB, MDB e Cidadania, preferem Simone Tebet (MDB/MS) na cabeça de chapa. Doria ameaça enfrentar o próprio partido na Justiça para fazer valer o resultado das prévias do PSDB, que o legitimaram como candidato à Presidência, e anuncia que fará um pronunciamento à imprensa, nesta segunda (23), ao meio-dia. 

Guardado em sigilo, o teor do comunicado não foi informado nem mesmo a assessores mais próximos. E lança dúvidas sobre o encontro entre o pré-candidato e o dirigente partidário, por ora ainda mantido. A prática do ex-governador tem sido se antecipar a movimentos políticos dos adversários na legenda, como ocorreu quando Doria ameaçou desistir da pré-candidatura e permanecer no governo. Na ocasião, acabou colhendo o recuo formal dos opositores. E, adiante, o do próprio concorrente interno, o ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite. 

Para a conversa, sobre a mesa estarão números que não colaboram para a solução do problema. Tebet tem como trunfo a baixa rejeição, se comparada à do tucano: 37% dos eleitores declaram que não votariam na senadora de jeito nenhum, contra 53% de Doria. O ex-governador, no entanto, é muito mais conhecido nacionalmente que a parlamentar: Tebet é desconhecida de 46% dos eleitores, e o tucano, de apenas 8%.

Doria vai rechaçar o argumento de que a senadora tem mais chances do que ele na disputa, também se consideradas as intenções de voto. Os números, inexpressivos para ambos, apontam leve dianteira para o tucano: 4% contra 2%, da senadora.

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Tebet, no entanto, vem obtendo sucesso na estratégia de reduzir resistências no próprio partido e já conta com o apoio de 20 dos 27 diretórios regionais do MDB – boa parte usa sua pré-candidatura para barrar um possível alinhamento local com a pré-candidatura do ex-presidente Lula.

Enquanto Tebet avança nesse quesito, Doria vem colhendo sucessivas demonstrações de desinteresse por sua candidatura dentro da própria legenda. O cenário é desfavorável para o ex-governador, que pode chegar enfraquecido para a decisão formal, em convenção do PSDB, no segundo semestre. Parte da cúpula do partido quer evitar esse embate e espera obter o recuo de Doria antes da data fatal.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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