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Luiz Fara Monteiro

Administração Trump faz aéreas dos EUA reduzirem previsões de lucros

Confiança do consumidor enfraqueceu devido às consequências das tarifas impostas pelo presidente americano

Luiz Fara Monteiro|Luiz Fara MonteiroOpens in new window

Southwest: cobrança por bagagens e demissão de 15% dos trabalhadores Tomas Del Coro / Wikimedia Commons

Donald Trump até poderá fazer a “América grande novamente”, como dizia seu slogan de campanha, mas as aéreas americanas não compartilham o mesmo otimismo do presidente dos Estados Unidos.

As principais companhias americanas cortaram suas estimativas de lucros, dizendo que a crescente incerteza econômica levou a uma retração nos gastos corporativos e de consumo.

Aéreas como Delta Airlines, American Airlines, United Airlines e Southwest alertaram que as pressões econômicas de curto prazo levariam o setor a reduzir ainda mais sua capacidade após o pico de viagens do verão.

A confiança do consumidor dos Estados Unidos enfraqueceu devido às consequências das tarifas impostas por Trump, das ameaças de taxas adicionais, e preocupações crescentes sobre um aumento da inflação, diz a Reuters. O rastreador GDPNow do Federal Reserve de Atlanta sugere que a economia pode encolher nos primeiros três meses do ano.


Como os gastos com viagens acompanham de perto a atividade econômica mais ampla, investidores e analistas dizem que uma recessão significaria problemas para a indústria aérea.

A receita que as transportadoras levanta com viagens de integrantes e associados ao governo já foi atingida devido à repressão a alguns gastos federais, desde o retorno de Trump à Casa Branca. O pessimismo ganhas força com a atual condução da política econômica de Washington.


“A incerteza econômica é um grande problema”, disse o CEO da American Airlines, Robert Isom, em uma conferência do setor aéreo organizada pelo JPMorgan, na última terça-feira (11). A American previu uma perda maior no primeiro trimestre devido a uma forte desaceleração na receita.

A Southwest Airlines também cortou sua previsão de receita para o primeiro trimestre. A companhia agora abandona sua tradicional política de “Bags Fly Free” (bagagens voam de graça) e passa a cobrar por malas despachadas, além de ter anunciado que demitiria 15% de sua força de trabalho.


A United Airlines disse que seus lucros do primeiro trimestre agora devem ficar na extremidade inferior de sua previsão. O CEO da United, Scott Kirby disse durante a conferência do JPMorgan que de 2 a 3% dos negócios da transportadora vêm do governo dos Estados Unidos.

A Delta cortou suas estimativas de lucro do primeiro trimestre pela metade, confirmando a diminuição na demanda por viagens domésticas.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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