Sabe a velha piada do português que vende a cama para a esposa não o trair mais??
Pois bem...fazemos piada de português, mas nós somos motivo de piada. Especialmente, por culpa de nossos políticos.
No discurso “Eu tenho um sonho” de Martin Luther King em agosto de 1963, de forma única, ele defende a liberdade de maneira que todos se darão as mãos independentemente de cor, sexo, credo.
Como brasileiro, se já não bastasse ser tributado sentindo-se confiscado, especialmente para custear uma classe política que muito pouco faz pelo coletivo, somos obrigados a tolerar pérolas legislativas.
A última, vem do Estado de São Paulo de autoria do Deputado Estadual Aldo Demarchi (DEM), qual seja, o Projeto de Lei sob nº 61/2004, exigindo antena anti-cerol nas motocicletas. click aqui para ler.
Ocorre que no Estado São Paulo, já existem Leis que de alguma forma proíbe o uso de linhas com cerol ou a sua fabricação, além do Código Penal, bem brando por sinal, mas não cumprido.
Necessário FISCALIZAÇÃO!!!
Como o Estado não tem competência para fiscalizar, processar e punir, o nobre Deputado Aldo Demarchi, autor do Projeto que se tornou Lei 10.017/98, em plena vigência (click aqui), demonstrando grande genialidade, joga a responsabilidade para quem tem pescoço, aliás, se o motociclista não tivesse pescoço não precisava do famigerado Projeto de Lei, que pode entrar no ordenamento jurídico se o Sr. Governador Márcio França sancionar, passando exigir antena ou haste metálica, como denomina, nas motocicletas emplacadas no Estado São Paulo.
O canal está aberto para respostas do Nobre Deputado Estadual Aldo Demarchi e seus pares Relatores:
-Conhece a dinâmica da motocicleta? Já pilotou ou pilota?
- Sabe que dependendo da dinâmica de um acidente de trânsito, a tal antena pode ferir o motociclista ou o pedestre em caso de atropelamento?
- Sabe que dependendo da dinâmica, por exemplo, a linha com cerol flutuando no ar, pode ficar entre a antena e o pescoço do motociclista. Há vários relatos e, inclusive, reportagem jornalística.
- Por que não exigir maior fiscalização contra o cerol?
- Reconhece que tal exigência cria um grande problema frente a diminuição dos "acidentes" por cerol? (Acidente entre aspas, pois considero acidente tudo que foi possível realizar para não resultar na tragédia. No caso havendo dolo é um incidente.)
Sabe o que é mais engraçado, que a legislação Estadual, no caso a Lei 10.017/98, veta a utilização ou fabricação de cerol, mas não diz quem tem a titularidade de fiscalizar. Qual autoridade competente? Administrativamente, quem pode fechar? O Estado ou a Prefeitura, ou ambos??
Enquanto isso, nossa Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo aumenta o piso salarial, como amplamente divulgado na mídia para R$ 30 mil reais e à passos de tartaruga, nosso Congresso Nacional debate a mudança do Código Penal por meio do Projeto de Lei 402/11 que tem outros projetos apensados (por ser do mesmo tema), todavia, como nossos Deputados não fazem uso do veículo de duas rodas como meio de mobilidade, já que o veículo preferido voa, está parado desde 10/03/2016.
Enquanto isso...
Infelizmente, falta boa vontade por todos os lados.
Portanto, necessário levar ao conhecimento da classe política que no planeta Terra, no país Brasil o que deve ser combatido é a fabricação e utilização de cerol ou linha chilena com punição severae não o motociclista com um acessório ridículo, sem eficiência comprovada, impossível de instalar em alguns modelos de motocicleta e que não garante seu pescoço, ainda, podendo gerar outras consequências em caso de acidente algo pouco incomum nas cidades brasileiras, especialmente em São Paulo, já que os automóveis não usam película escura (leia o artigo e este artigo) e os motoristas não falam ao celular aos olhos dos agentes fiscalizadores municipais e estaduais.
Eu tenho um sonho!!
Sonho um dia ter meu dinheiro pago em tributos bem aplicado.
Sonho um dia pilotar motocicleta na mais santa paz, sem me preocupar com ideias estapafúrdias de proibição de garupa, antena corta linha de cerol, capacete sendo fiscalizado na via pública, …
Graças a Deus, sonhar ainda não é tributado.
Sem perder razão e respeito, que tal mostrar sua contrariedade como cidadão, enviando um e-mail ou ligando aos Deputados que favoreceram tal pérola legislativa?