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Mulheres habilitadas na categoria "A" - moto, cresce 89,2% em 8 anos

Em 2011 havia 4.013.566 pessoas do sexo feminino com carteira de habilitação da categoria A. Em 2019, esse número saltou para 7.594.452 mulheres

Moto Segurança e Trânsito|André Garcia, do R7

Roberta Piero em sua Harley-Davidson
Roberta Piero em sua Harley-Davidson

As mulheres estão adotando cada vez mais a motocicleta como meio de locomoção. De acordo com dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) analisados pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares – Abraciclo, em 2011 havia 4.013.566 pessoas do sexo feminino com carteira de habilitação da categoria A. Em 2019, esse número saltou para 7.594.452 mulheres, o que representa uma alta de 89,2% em oito anos.

Além do aumento no número de habilitadas, grande parte das mulheres que optaram por essa categoria tem mais de 40 anos. Entre as mulheres com idade de 41 a 50 anos a alta nos últimos oito anos foi de 127%, passando de 572.039 em 2011, para 1.298.532 habilitadas em 2019.

Tatiana Sapateiro e seu scooter
Tatiana Sapateiro e seu scooter

Outra faixa etária que apresentou crescimento expressivo foi a de 51 a 60 anos. A alta observada foi de quase 232%, saltando de 146.273 (2011) para 485.379 habilitadas (2019).

Na avaliação de Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo, os fatores que contribuem para essa alta são a praticidade da locomoção, os avanços tecnológicos e lançamentos de modelos mais atrativos para as mulheres. "As empresas entenderam que vale a pena investir nesse público que é fiel e exigente. Além disso, a motocicleta é muito mais econômica e tem baixo custo de manutenção. Ou seja, ela se torna um veículo prático e viável para o dia a dia", diz.


Um exemplo de escolha pela praticidade é da publicitária Tatiana Sapateiro, de 58 anos, que adquiriu um Scooter há pouco mais de dois anos e usa para ir ao trabalho, supermercado e passeios. "Não suportava mais o trânsito da capital paulista. Levava cerca de uma hora e meia para ir de casa até o trabalho. Até que resolvi testar e nunca mais deixei a moto", afirma Tatiana.

A paixão foi tanta que no ano passado ela criou a página "Mulheres de Scooter", no Facebook. A ideia inicial era apenas fazer passeios. "Mas a coisa cresceu tanto que hoje trocamos ideias e dicas, principalmente para as novatas", diz.


A secretária executiva Roberta Piero, de 52 anos, também é usuária de motocicleta e não abre mão de sua liberdade de ir e vir. Durante a semana ela usa um Scooter para ir ao trabalho e nos finais de semana curte viagens e passeio a bordo de uma motocicleta estradeira.

Apaixonada pelo estilo, Roberta faz parte do "Ladies of the road", grupo de mulheres motociclistas que se reúne para pegar a estrada. "Por onde passamos, é normal as pessoas ficarem olhando. O povo para, olha e até tira foto", conta. Com cerca de 600 integrantes, o grupo completa 10 anos em julho.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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