A paixão de uma família pela raça Mangalarga
Acompanhei, a convite do Haras EFI, em Itu, o 1º Ranch Sorting Weekend e também me encantei

Aconteceu neste final de semana, em Itu, interior de São Paulo, o 1º Ranch Sorting Weekend, no Haras EFI.
Quando conheci Leonardo Augusto durante uma produção jornalística para o Jornal da Record, percebi algo diferente nele. Um brilho nos olhos ao falar sobre cavalos. E, quando ele me contou a história de sua família, me surpreendi. Uma admiração total por todos e pela trajetória que construíram.
A convite de Leonardo, participei neste final de semana de um evento organizado pelo haras da família. Encantada com tudo o que presenciei, me aproximei de Eduardo Figueiredo, pai do Leonardo e proprietário do Haras EFI.
Gentil e carismático, e eu ainda sem palavras para descrever tudo o que vivi, ouvi e observei nos dois dias de evento, conversamos rapidamente antes das provas começarem.

Mundo Agro: Que paixão é essa que começou lá na chácara da família?
Eduardo Figueiredo: Como eu frequentava muito o Parque da Água Branca, na Capital, com os meninos, já cultivávamos uma paixão por cavalos. Então, procurei um condomínio onde pudesse ter cavalos e encontrei o lugar. Comecei com cavalos “pé-duros” e, um dia, fui ao evento oficial da Mangalarga, comprei um Mangalarga, e a paixão foi imediata. Comecei a vender os “pezinhos duros” e a colocar os Mangalargas no lugar, até nascer o primeiro potro. Aí, entra na veia, e você pensa: “Vou criar, né?” Então, em 1992, começamos a criação. Estamos completando 33 anos de criação, e é um prazer muito grande, porque toda a família se envolve. Todos aqui adoram.
Mundo Agro: Hoje é o primeiro evento do Ranch Sorting, com a presença de João Salla.
Eduardo Figueiredo: Hoje é a primeira etapa oficial da raça Mangalarga. É um prazer para nós receber todos aqui na nossa casa. Este é o primeiro evento desse tipo que realizamos aqui.
Mundo Agro: Cavalo para o senhor é o quê?
Eduardo Figueiredo: Paixão.
Eu entendi perfeitamente essa paixão por cavalos e pela raça Mangalarga. A Celta, essa égua linda, acho que me escolheu quando o Leonardo apareceu por perto. Sei que ela é uma das que estarão no leilão no dia 15 de abril. Mas sobre o leilão, eu vou contar os detalhes em outra matéria.

A grande estrela do 1º Ranch Sorting Weekend era, sem dúvida, uma pessoa muito especial. Afinal, ele ministrou um curso para os inscritos que queriam conhecer os detalhes dessa modalidade esportiva. O renomado instrutor e professor João Salla, com mais de 15 anos de experiência no ramo, natural de Jaguariúna, interior de São Paulo, e uma referência no Ranch Sorting, contagiou todos do curso com sua paixão pelos cavalos.

Mundo Agro: Como começou tudo isso, João?
João Salla: Eu venho do mundo do cavalo desde pequeno. Quando o Ranch Sorting chegou no Brasil, conheci a modalidade e me apaixonei. Fui me dedicando, treinando, fazendo cursos, e acabei me tornando treinador.
Mundo Agro: Você foi para os Estados Unidos?
João Salla: Ainda não. Fiz três cursos com americanos, mas aqui no Brasil.
Mundo Agro: Eu acompanhei o treino de sábado e percebi que você dizia para os participantes que precisavam “falar” com o bezerro, gritar para ele. Notei que, quando você grita, eles obedecem. É isso?
João Salla: Isso mesmo. Do mesmo jeito que treinamos os cavalos, treinamos a boiada. Quando gritamos, o boi entra em estado de alerta e percebe que estamos o “tocando”. Então, ele já sabe que é hora de correr.
Mundo Agro: Qual é o segredo do Ranch Sorting?
João Salla: O objetivo é passar os bois de um lado para o outro, na sequência numérica, dentro de 60 segundos. Ganha quem fizer isso no menor tempo.
Mundo Agro: Percebi que há 10 bois e um que não tem número. Qual é a função dele?
João Salla: Ele é o “boi coringa”. Ele fica sem número e não deve ser tocado. Sua função é apenas atrapalhar a prova. Ele não pode passar em momento algum da prova.
Mundo Agro: Outra coisa que percebi: você disse para os colegas que “menos é mais”. O que significa isso?
João Salla: O “menos é mais” porque, no Ranch Sorting, a prova exige habilidade e sequência. Eu costumo dizer que é como montar um quebra-cabeça rápido. Não ganha quem corre mais, mas quem faz a sequência dos bois de forma mais rápida e precisa. Quando você corre, acaba espantando a sequência de bois.
Mundo Agro: Eu vi três mulheres no curso. Esse é um esporte para mulheres?
João Salla: No meio equestre, o Ranch Sorting é a modalidade que mais cresce no Brasil. E isso se deve ao fato de que ela tem várias categorias. Desde iniciantes até profissionais podem participar, incluindo as mulheres. Hoje, subdividimos a categoria feminina em “aberta” e “amador”. Então, as mulheres que estão começando podem participar da modalidade, pois há uma categoria reservada para elas.
Mundo Agro: Na sua avaliação, como se saíram os participantes do curso?
João Salla: Todos estavam muito empenhados!
Mundo Agro: O cavalo, para você, é o quê?
João Salla: O cavalo é a minha vida. Vivo para os cavalos, vivo de treinar cavalos. Tudo na minha vida gira em torno dos cavalos. Eu amo essa vida.

É... O Sr. Eduardo Figueiredo, o Leonardo Augusto, o Rogério da Cocheira do Nenê, a Alexia Gazzola Steiner e o João Salla têm razão: ter um cavalo, especialmente um Mangalarga, é uma paixão indescritível. A Celta me escolheu. E agora?
Vem viajar comigo nesse vídeo do final de semana no Haras EFI. E, desta vez, fui de Toro Ultra Flex, motor turbo 270. Mais uma vez, Stellantis apoiando as expedições do blog. Agilidade, conforto e desempenho excelente com etanol.
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