Colheita da oliva no Rio Grande do Sul comemora recuperação em relação à safra anterior
13ª Abertura Oficial da Colheita da Oliva será realizada hoje, em Cachoeira do Sul, no RS

O Rio Grande do Sul é o maior produtor nacional de oliveiras e azeites, sendo a região com as melhores condições climáticas e de solo do país para esse cultivo.
A estimativa atual é de cerca de 6.500 hectares plantados por 340 produtores em 112 municípios. Em 2024, a produção de azeites foi de 190 mil litros. Atualmente, existem 25 fábricas e cerca de 100 marcas.
O evento de abertura da colheita de oliva será realizado na propriedade da Puro Azeite, uma das mais premiadas do país, onde são cultivadas as variedades: arbequina, arbosana, coratina, frantoio, galega, koroneiki, manzanilla e picual. A família Farina investiu mais de R$ 20 milhões na produção de azeites.
“A oliva traz diversificação para a propriedade e gera uma nova fonte de rentabilidade, mas ainda depende muito de pesquisa. Já evoluímos bastante e, hoje, temos o melhor azeite de oliva em termos de qualidade. Contudo, as intempéries climáticas, como ocorre em outras culturas, podem causar oscilações na produção”, ressaltou Clair Kuhn, secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi).
A safra deste ano poderá ser impactada pelo excesso de chuvas em maio e setembro. Entre os dois meses, o solo encharcado prejudicou as oliveiras. No entanto, há expectativas de que a produção supere a do ano anterior. O número total será divulgado apenas em abril, segundo Renato Fernandes, presidente do Ibraoliva.
Um dos pontos abordados para o crescimento do setor é a necessidade de mais pesquisa na área da olivicultura.
“Após quebras de safra e redução no volume, os produtores se questionaram sobre a produção constante e as variedades que apontam para essa direção, como a koroneiki, proveniente da Grécia. Outras, pela nossa experiência, não alcançaram a produtividade esperada”, explicou Fernandes.