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O que é que eu faço Sophia

Cartão de crédito é vilão do orçamento? Veja 7 dicas para usar sem comprometer as finanças

O que é que eu faço Sophia|Sophia Camargo

Cartão de crédito pode ser aliado do bolso
Cartão de crédito pode ser aliado do bolso

Vira e mexe o cartão de crédito é apontado como o vilão do orçamento doméstico, como mostra a pesquisa da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), divulgada nesta segunda-feira (4).

Segundo a pesquisa, para 76,9% das famílias que possuem dívidas, o cartão de crédito permanece como a principal forma de endividamento.

“O cartão de crédito não é vilão, ele é um excelente meio de pagamento. O problema é que as pessoas não sabem usar”, diz Reinaldo Domingos, presidente da DSOP Educação Financeira.

O primeiro motivo, segundo Domingos, é que as pessoas acabam se perdendo porque não contabilizam as prestações. “A pessoa ganha R$ 3.000 e gasta R$ 1.800 em prestações. Se comprometer acima de 30% do ganho líquido mensal [o valor que cai na conta depois de todos os descontos], já corre o risco de ficar superendividado”, diz Domingos.


Cartão de crédito pode ser aliado nas finanças

Para quem sabe usar, o cartão de crédito traz algumas vantagens:


- Permite pagar a compra em até 40 dias depois;

- Tem benefícios como programa de milhas e pontos para trocar;


- A fatura detalhada pode ajudar na organização do orçamento doméstico;

- É aceito em viagens internacionais

Para aproveitar essas vantagens e aprender a usar bem o cartão de crédito sem comprometer o orçamento, veja essas dicas:

1) Saiba quanto pode gastar por mês

Para isso, é preciso fazer o orçamento doméstico. Fazer o orçamento é bem simples: durante um mês, some tudo o que ganha e tudo o que gasta.

Pode fazer isso usando um caderninho, uma planilha como a da Bolsa, do Idec ou do próprio Excel. Também existem aplicativos para controle do orçamento como Mobills (Android ou IOS), GuiaBolso (Android e IOS), Minhas Economias (Android e IOS) ou Organizze (Android e IOS).

2) Nunca comprometa mais do que 30% do que ganha

Os especialistas recomendam respeitar o limite máximo de 30% do que ganha com dívidas. O motivo é que se acontecer algum problema, como um gasto extra, a pessoa ainda terá uma margem para conseguir pagar as contas.

3) Registre todas as despesas

Se tem o hábito de parcelar o cartão de crédito, é essencial que você anote todas as parcelas para não se perder e acabar gastando mais do que pode.

4) Tenha apenas um cartão

Se você é descontrolado financeiramente, tenha apenas um cartão de crédito. Dessa maneira, fica mais fácil controlar as despesas.

5) Não pague somente o mínimo

Programe-se para pagar a fatura cheia do seu cartão de crédito na data do vencimento. Isso porque os juros do do cartão de crédito são uma das taxas mais altas do mercado. Segundo o Banco Central, a taxa média do cartão de crédito, em outubro, ficou em 13,10% ao mês, ou 337,94% ao ano. Pelas novas regras do cartão, quem não conseguir pagar a fatura integral só poderá ficar 30 dias no rotativo. Depois disso, o débito automaticamente vai ser parcelado. As taxas de juros, nesse caso, também são altas: 8,53% ao mês, em média, também segundo o BC, ou 167% ao ano.

6) Troque a dívida

Se já estiver endividado no cartão de crédito, vale a pena pegar um empréstimo consignado ou pessoal para quitar essa dívida. Segundo dados do Banco Central, a taxa do empréstimo consignado para trabalhadores do setor privado estava, em outubro, em 2,89% ao mês (40,8% ao ano), em média, ante 8,53% ao mês no parcelado do cartão e 13,10% ao mês no rotativo do cartão.

7) Renegocie

Se não estiver conseguindo pagar nem as prestações do parcelado, ou já estiver inadimplente e com o nome sujo, tente renegociar a dívida. Nesse caso, só se comprometa com o que efetivamente pode pagar. Lembre-se de que se assumir uma nova dívida e não pagar, seu nome volta para o cadastro de inadimplentes de novo.

Se ainda tiver mais dúvidas sobre economia, dinheiro, direitos e tudo mais que mexe com o seu bolso, envie suas perguntas para “O que é que eu faço, Sophia?” pelo e-mail sophiacamargo@r7.com

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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