O Copom (Comitê de Política Monetária) elevou a taxa de juros básica da economia, a Selic, nesta quarta-feira (3), pela décima segunda vez consecutiva, para 13,75% ao ano.
Com isso, a rentabilidade dos investimentos de renda fixa fica ainda mais atraente. Porém, para saber qual é o rendimento real de um investimento, é preciso levar em conta a projeção da inflação.
Se o rendimento da aplicação superou a inflação, isso significa que o investidor conseguiu ganhar dinheiro de verdade. Mas, se o rendimento foi menor que a inflação, na verdade o investidor perdeu dinheiro, já que a inflação retira o poder de compra das pessoas.
O boletim Focus da segunda-feira (1º) projetou a inflação medida pelo IPCA em 7,15% ao ano.
Levando em conta essa projeção, o buscador de investimentos Yubb projetou o rendimento das aplicações e o comparou com o rendimento líquido (descontado o Imposto de Renda) e o rendimento real (descontada a inflação).
Todas as modalidades apresentaram rendimento real, com exceção da poupança (nova e antiga, que agora rendem a mesma coisa).
De acordo com as regras da poupança, quando a taxa Selic estiver acima de 8,5% ao ano, o rendimento mensal da caderneta ficará em 0,5% mais TR, o que é igual a uma remuneração anual fixa de 6,17%. Ou seja, bem abaixo da Selic, que agora está em 13,75% ao ano.
Levantamento comparou dez modalidades de renda fixa
A comparação do buscador Yubb mediu o desempenho de dez tipos de investimento, como poupança nova e poupança antiga, Tesouro Selic, CDBs de grandes e médios bancos, LCI (letra de crédito imobiliário), LCA (letra de crédito do agronegócio), LC (letra de câmbio) e debêntures incentivadas.
O levantamento também considera o rendimento líquido das aplicações, depois de descontados os impostos.
Para esse levantamento, foi considerado o prazo de um ano, alíquota de IR de 20% e projeção da inflação medida pelo IPCA de 7,15% ao ano, segundo o relatório Focus da segunda-feira (1º).
O que são debêntures incentivadas?
Debêntures são títulos de dívida emitidos por empresas que oferecem direito de crédito ao investidor. Funcionam como um empréstimo feito para que as companhias consigam realizar seus planos. As debêntures incentivadas são papéis que têm isenção fiscal, ou seja, o investidor não precisa pagar Imposto de Renda sobre a rentabilidade. Elas têm esse incentivo porque buscam financiar projetos de infraestrutura.
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