O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa de juros básica da economia, a Selic, para 9,25% ao ano na quarta-feira (8). É a maior taxa de juros em quatro anos.
Esta foi a sétima elevação seguida da taxa, que também mudou a regra de rentabilidade da poupança, que volta a render 0,5% ao mês mais TR. Além da poupança, a rentabilidade dos demais investimentos em renda fixa ficou mais atrativa, como mostra levantamento do buscador de investimentos Yubb.
Mas, apesar de render mais, a inflação elevada — projetada para terminar 2021 acima de 10% conforme previsão do boletim Focus da segunda-feira (6) — faz com que o rendimento real das aplicações (que é o rendimento da aplicação depois de descontada a taxa de inflação) fique negativo para quase todos os investimentos (incluindo a poupança).
A comparação mediu o desempenho de investimentos como poupança nova (que agora está com a mesma rentabilidade da poupança da regra antiga), tesouro Selic, CDBs de grandes e médios bancos, LCI (letra de crédito imobiliário), LCA (letra de crédito do agronegócio), LC (letra de câmbio) e debêntures incentivadas. Destas, apenas o investimento em letra de câmbio e debêntures incentivadas consegue superar a inflação e ter um ganho real.
O levantamento também considera o rendimento líquido das aplicações, que é o rendimento depois de descontados os impostos.
Para esse levantamento, foi considerado o prazo de um ano, alíquota de IR de 20% e projeção da inflação medida pelo IPCA de 10,18% ao ano.
Confira o desempenho das aplicações
O que são debêntures incentivadas?
Debêntures são títulos de dívida emitidos por empresas que oferecem direito de crédito ao investidor. Funcionam como um empréstimo feito para que as companhias consigam realizar seus planos. As debêntures incentivadas são papéis que têm isenção fiscal, ou seja, o investidor não precisa pagar Imposto de Renda sobre a rentabilidade. Elas têm esse incentivo porque buscam financiar projetos de infraestrutura.
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