Logo R7.com
RecordPlus
Porta de Delegacia - por Thais Furlan

Médico acusado de matar a mulher envenenada vai a júri popular ao lado da mãe

Morte de Larissa Talle Leôncio Rodrigues aconteceu em março de 2025

Porta de Delegacia por Thais Furlan|Thais FurlanOpens in new window

  • Google News

LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • O médico Luiz Antônio Garnica e sua mãe, Elizabete Eugênio Arrabaça, foram acusados de envenenar e matar Larissa Talle Leôncio Rodrigues.
  • O crime ocorreu em março de 2025 e a Justiça determinou que ambos sejam julgados por júri popular.
  • A acusação sugere motivação patrimonial e tentativa de Luiz de manter um relacionamento extraconjugal.
  • A defesa argumenta que a sentença é ilegal e que provas de sua inocência não foram consideradas.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Luiz Antônio Garnica e Elizabete Eugênio Arrabaça vão a júri popular Reprodução/RECORD

A Justiça de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, determinou que o médico Luiz Antônio Garnica e sua mãe, Elizabete Eugênio Arrabaça, sejam julgados por júri popular. Eles são acusados de envenenar e matar Larissa Talle Leôncio Rodrigues, que era mulher do médico.

A sentença de pronúncia reconhece haver indícios suficientes de que ambos atuaram juntos para provocar a morte da vítima, ocorrida em março de 2025.


De acordo com a decisão, Larissa passou a apresentar graves problemas de saúde após ingerir alimentos e medicamentos supostamente fornecidos pela sogra. A acusação aponta que o veneno teria sido administrado diversas vezes, de forma cruel e dissimulada, impedindo qualquer possibilidade de defesa da vítima.

O juiz afirma haver elementos que indicam que o crime foi motivado por razões patrimoniais e pela intenção de Luiz de manter o relacionamento com uma amante.


A sentença também destaca uma série de comportamentos suspeitos atribuídos ao réu após a morte da mulher, como a tentativa de limpar o local, eliminar arquivos digitais e agilizar a cremação do corpo.

A mãe dele, por sua vez, chegou a admitir em carta que poderia ter envenenado a vítima “por engano” e realizou pesquisas na internet sobre intoxicações e compra de substâncias tóxicas.


O juiz manteve a prisão preventiva dos dois, afirmando que o caso revela alta periculosidade, forte abalo social e risco de fuga, além de envolver um crime considerado hediondo — feminicídio, praticado no âmbito doméstico, com emprego de veneno e outros agravantes.

Com a pronúncia, Luiz Antônio Garnica e Elizabete Eugênio Arrabaça passam agora à etapa final do processo: eles serão julgados pelo Tribunal do Júri, que decidirá se houve, de fato, a participação dos acusados na morte de Larissa. A data do julgamento ainda será definida.


Em contato com o blog, Bruno Correa, advogado de defesa de Elizabete, afirmou que a sentença é “manifestadamente ilegal” e “totalmente descabida”. Veja a nota na íntegra:

“Entendemos que a sentença é totalmente descabida. O fundamento utilizado pelo Magistrado é manifestadamente ilegal ao mencionar que ‘para a decisão de pronúncia, mero juízo de admissibilidade da acusação, bastam indícios, não se exigindo provas irretorquíveis, absolutas, requisito para a condenação’, ou seja, apresentamos provas concretas da não participação de Elizabete, as quais não foram sopesadas, ao pesso que a Acusação trabalha com ‘índícios’”.

A defesa de Luiz Antônio Garnica foi procurada, mas ainda não se pronunciou.

Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.