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Barroso lança projeto para acabar com o 'juridiquês' no Judiciário brasileiro

Presidente do STF lança pacto para simplificar linguagem e pede busca por eficiência nos tribunais de todo o Brasil 

Quarta Instância|Clébio Cavagnolle e Gabriela Coelho e Quarta Instância

Luís Roberto Barroso, presidente do STF
Luís Roberto Barroso, presidente do STF Luís Roberto Barroso, presidente do STF

O presidente do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça, ministro Luís Roberto Barroso, lançou o Pacto Nacional do Judiciário pela Linguagem Simples no 17º Encontro Nacional do Poder Judiciário, em Salvador, na Bahia.

O objetivo é adotar palavras diretas e compreensíveis nas decisões e na comunicação oficial dos tribunais para que a sociedade entenda melhor o que é definido pela Justiça brasileira. Ou seja, ele quer o fim do "juridiquês".

Barroso pediu aos juízes que, quando possível, expliquem o impacto das decisões na vida das pessoas e que os votos sejam mais objetivos. Com isso, o ministro espera aproximar o Judiciário da sociedade.

"Com muita frequência, não somos compreendidos. Boa parte das críticas ao Judiciário decorre da incompreensão sobre o que estamos decidindo. E quase tudo que decidimos pode ser explicado em uma linguagem simples, que as pessoas consigam entender. Ainda que para discordar, mas para discordar daquilo que entenderem", afirmou.

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Para estimular os tribunais a cumprir o pacto, o CNJ criou o Selo Linguagem Simples, em portaria assinada por Barroso. Além de tentar substituir expressões técnicas desnecessárias, o pacto também determina a criação de manuais e guias para orientar o público sobre o significado de palavras técnicas indispensáveis nos textos jurídicos.

Eficiência na Justiça

Barroso também estabeleceu como meta a busca por eficiência em todo o Poder Judiciário. O ministro afirmou que equipes do CNJ trabalham para encontrar soluções e novas tecnologias para reduzir o tempo de duração dos processos judiciais. Ferramentas de inteligência artificial devem ser testadas ainda neste ano para melhorar a rotina de trabalho nos tribunais.

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O ministro também citou a necessidade de valorização da magistratura e afirmou que um dos desafios de sua gestão será a equidade racial e de gênero em todo o Poder Judiciário.

O Quarta Instância acompanha o Encontro Nacional do Poder Judiciário em Salvador.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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