Indústria cinematográfica critica escolha de diretora do MEC para vaga na Ancine
Setor reclama de possível nomeação de Patrícia Barcelos sob a alegação de que ela não tem experiência na gestão audiovisual
R7 Planalto|Do R7
A indústria nacional de cinema está contrariada com a gestão da área no Ministério da Cultura e prestes a abrir guerra contra o MinC por causa da possível escolha de Patrícia Barcelos, atualmente diretora de Políticas e Regulação da Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação, para ocupar uma vaga como diretora da Ancine (Agência Nacional do Cinema). A indicação ainda não foi oficializada ao Senado, mas o nome de Barcelos já é cogitado dentro do governo para o posto.
A indicação de uma pessoa sem experiência alguma na gestão audiovisual contraria o setor porque torna ainda mais frágil a política do ministério para a área. Os produtores e o mercado consideram a nomeação mais um passo para uma direção ideológica do setor.
O cinema brasileiro está vivendo em 2024 um dos piores “market shares” da história, por ausência de uma política clara. O MinC não assumiu a dianteira na regulação do VOD (conteúdo streaming) para proteção do mercado nacional, deixando o assunto se arrastar no Congresso.
Essa situação vem retraindo o setor audiovisual, que tinha grande expectativa por causa da performance do setor nos governos Lula I e Lula II.
“Saudades do tempo de Dois Filhos de Francisco (2005), Lisbela e o Prisioneiro (2003), Se Eu Fosse Você Dois (2009), Carandiru: O Filme (2003) e Tropa de Elite (2007 e 2010)”, disse um dos maiores produtores do cinema brasileiro das últimas quatro décadas.
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