Reajuste do salário mínimo não resolve inflação, mas ajuda a manter poder de compra; veja análise
Anúncio do governo federal sobre projeção do novo piso mínimo para 2026 segue expectativas do IPCA e acende alerta para pagamentos previdenciários
Conexão Record News|Do R7
O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a projeção do valor do salário mínimo para o próximo ano em R$ 1.630,00, seguindo a expectativa de 4,76% do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) para os 12 meses terminados em novembro, além de considerar o teto de 2,5% acima da inflação, determinado pelo arcabouço fiscal. O valor, que consta no projeto da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2026, oferece um aumento de R$ 112,00, comparado ao piso atual de R$ 1.518,00.
Em entrevista ao Conexão Record News, o economista Ricardo Buso pontua que, segundo o apontamento do governo, a cada R$ 1,00 de aumento no piso de pagamentos, há um impacto de R$ 400 milhões no orçamento — considerando o aumento de R$ 112,00, o valor chega a aproximadamente R$ 45 bilhões.
Buso explica, no entanto, que o reajuste salarial é fundamental para manter o poder de compra da população, principalmente em um cenário de inflação alta, como o que o país enfrenta. “Mesmo com essa valorização do salário mínimo, ela não é tão efetiva enquanto não vencermos esse desafio gigante da inflação de alimentos no país”, conclui o economista.
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