13º salário: veja as melhores opções para investir a grana da 1ª parcela
Empresas devem depositar parte do abono salarial até o dia 30 de novembro. Especialistas dão dicas sobre as aplicações mais indicadas
Renda Extra|Márcia Rodrigues, do R7
A primeira parcela do 13º salário será depositada na conta dos trabalhadores na próxima segunda-feira (30). Especialistas acreditam que a maior parte dos brasileiros utilizará o dinheiro para pagar dívidas.
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Contrariando esta afirmação, uma pesquisa divulgada na quinta-feira pela CNDL (Câmara Nacional de Dirigentes Lojistas) e o instituto Offer Wise Pesquisas, apontou que 32% dos trabalhadores devem comprar presentes natalinos com o abono salarial.
O mesmo levantamento mostra que 21% querem gastar nas comemorações de Natal e Ano Novo.
Das 968 pessoas entrevistadas, 30% pretendem economizar o dinheiro. A pedido do R7 Economize, especialistas dão dicas sobre como investir o valor da primeira parcela do abono salarial.
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A ideia é mostrar quais são as melhores opções para quem pode investir R$ 1 mil.
Para Miguel de Oliveira, diretor-executivo da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), apesar de render pouco, a caderneta de poupança é a melhor opção para esse valor.
“Com a crise, muitas pessoas ficaram sem dinheiro. É bem provável que o valor do abono seja investido e resgatado em pouco tempo para pagar contas de início de ano.”
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Oliveira sugere a poupança por não tem imposto e taxa de administração.
“Se ele colocar num fundo%2C terá de escolher o papel%2C haverá taxa administrativa que é mais elevada para valores pequenos%2C além de Imposto de Renda. Para seis meses é considerada a alíquota de 22%2C5% de IR”.
Paula Zogbi, analista da Rico Investimentos, discorda de Oliveira e afirma que há outras opções mais rentáveis, mesmo com a cobrança do IR.
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Ela cita como exemplo:
• Tesouro Selic;
• CDBs - oferecem liquidez diária e há opções que pagam 100% do CDI e são assegurados pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito), segundo ela; e
• Fundos DI.
“São investimentos que rendem mais do que a poupança mesmo com a cobrança do IR e oferecem a mesma segurança.”
Paula destaca que essas são boas opções para quem quer criar uma reserva de emergência – o ideal, segundo ela, é guardar valores que contemplem de 6 a 12 meses do salário.
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Caso o investidor já tenha uma reserva, Paula orienta o poupador a diversificar sua carteira, conforme seu perfil.
A especialista também destaca outros investimentos que rendem mais do que poupança e não cobram IR. Porém, são aplicações de longo prazo
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• LCI (Letra de Crédito Imobiliário)
• LCA (Letra de Crédito do Agronegócio)
• CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários)
• CRAs (Certificados de Recebíveis Agrícolas)
• Debêntures
Os LCI e LCA são emitidos por bancos e empresas, e os CRIs e CRAs são emitidos por companhias securitizadoras.
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Debêntures são títulos de dívida emitidos por empresas de capital aberto ou fechado para captar recursos para o seu caixa e financiar projetos de infraestrutura.
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Esse tipo de investimento gera três formas de rendimento: pós-fixado (CDI ou IPCA), prefixado ou híbrido (misturando as duas modalidades de rendimento).