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Oito em cada dez brasileiros fizeram cortes no orçamento

Segundo pesquisa, impacto da Covid faz com que 51% acreditem que as condições econômicas pioraram em relação a 2020

Renda Extra|

Segundo pesquisa, 59% redirecionaram o dinheiro para o pagamento de contas do dia a dia
Segundo pesquisa, 59% redirecionaram o dinheiro para o pagamento de contas do dia a dia Segundo pesquisa, 59% redirecionaram o dinheiro para o pagamento de contas do dia a dia

Oito em cada dez brasileiros precisaram fazer cortes no orçamento para fechar as contas em 2021, aponta uma pesquisa da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e do SPC Brasil, em parceria com a Offer Wise Pesquisas, divulgada na última semana.

Desse grupo, 59% redirecionaram o dinheiro para o pagamento de contas do dia a dia enquanto 35% pagaram contas em atraso.

O impacto da pandemia da Covid-19 no orçamento familiar, com o aumento do desemprego e da inflação, levou 51% dos brasileiros a acreditar que as condições econômicas pioraram em relação às de 2020, antes do início da crise sanitária.

A CNDL entrevistou 600 brasileiros com idade maior ou igual a 18 anos em várias regiões do país. A pesquisa mostra ainda que quatro em cada dez brasileiros avaliam que a própria condição financeira piorou em 2021.

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Nesse grupo, 60% consideram que o salário não aumentou na mesma proporção que os preços dos produtos e serviços – o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acumulado chegou a 10,06% em 2021, o maior índice de inflação desde 2015.

Outros 44% sofreram redução da renda familiar e 35% ficaram desempregados ou tiveram alguém da família que perdeu o emprego nesse período.

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José César da Costa, presidente da CNDL, destaca que, apesar de a vacinação contra a Covid-19 estar avançando, as consequências econômicas e sociais da pandemia ainda impactam a renda da população.

“O desemprego elevado é, sem sombra de dúvida, um dos grandes desafios a ser enfrentados pelo país e está ligado diretamente ao retorno do crescimento econômico, que ainda não alavancou. A renda da população foi fortemente afetada nos últimos dois anos, e isso, somado aos preços elevados, traz insegurança para as famílias”, afirma ele em nota.

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Com o aperto financeiro, 40% dos entrevistados renunciaram a produtos ou serviços que costumavam comprar, enquanto 32% tiveram que fazer uso de alguma reserva de dinheiro que possuem.

Temor do futuro

A pesquisa da CNDL/SPC Brasil mostra como a situação econômica impactou os planos e projetos das famílias: 92% dos consumidores deixaram de realizar algum projeto que tinham para 2021, principalmente juntar uma reserva de dinheiro (29%), comprar ou reformar a casa (25%), fazer uma grande viagem (25%), pagar dívidas em atraso (20%) e comprar um carro/moto (18%).

Entre as principais justificativas para isso estão o aumento dos preços, a redução da renda ou a insegurança sobre o futuro.

As incertezas sobre a recuperação econômica do país afetam nove em cada dez brasileiros, que afirmaram na pesquisa possuir algum temor em relação a sua vida financeira em 2022: 52% temem não conseguir pagar as contas, 39% receiam não ser possível guardar dinheiro, 24% têm medo de precisar abrir mão de consumir produtos de que gostam e 24% temem não conseguir um emprego.

A maior parte dos entrevistados espera que a economia se recupere com o avanço da vacinação. Entre os pessimistas, porém, há o temor de que o governo não realize as reformas necessárias para desenvolver a economia do país – o que respingaria no futuro das finanças pessoais.

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