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Análise da UFRJ aponta que problema na água não foi geosmina

Estudo encontrou a presença da substância 2-MIB, que  cresce em maior quantidade em função da presença de esgosto. Cedae nega risco à saude

Rio de Janeiro|Raíza Chaves, do R7*

Cedae realiza testes diários de qualidade na água
Cedae realiza testes diários de qualidade na água Cedae realiza testes diários de qualidade na água

Um estudo feito pelo Laboratório da Coppe e Instituto de Biologia da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) apontou que a contaminação na água que abastece o Estado do Rio, ocorrida no início deste ano, não tem relação com a substância geosmina.

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De acordo com o professor da Coope/UFRJ, Diogo Tschoeke, foi analisado o material genético que está presente na água e detectado o 2-MIB (Metil-Isoborneol), que é um composto parecido e causa os mesmos efeitos. 

"O 2-MIB cresce em maior quantidade em função da presença de esgoto, principalmente doméstico e industrial na água, que vai em direção à estação de tratamento do Guandu," afirmou.

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No início do ano, moradores da capital, Região Metropolitana do Rio e Baixada Fluminense relataram que a água estava chegando às torneiras com cheiro, cor e sabor alterados. Na época, a Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos) disse que se tratava da substância geosmina, produzida por algas, e, segundo a companhia, não apresentava riscos à saúde. Em seguida, foi iniciado um tratamento com carvão ativado na Estação do Guandu.

De acordo com o professor Tschoeke, embora não sejam a mesma substância, geosmina e 2-MIB são parecidos, e o tratamento tem funcionado.

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Procurada, a Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro) disse que nenhuma das duas substâncias faz mal à saúde. Além disso, a empresa informou que está realizando testes diários relacionados aos padrões organolépticos (gosto e cheiro).

O MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro), que tem uma investigação em curso sobre o caso, disse que o laudo da UFRJ está sendo analisado pelo Grupo de Apoio Técnico Especializado, do Gaema (Grupo de Atuação Especializada em Meio Ambiente), e que fará as considerações necessárias para definir as medidas cabíveis.

*Sob supervisão de Bruna Oliveira

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