Batalhão de Bangu retoma patrulhamento na Vila Kennedy
Além da Vila Kennedy, comunidade do Batan que também terá UPP extinta, passará a ser responsabilidade do batalhão da área
Rio de Janeiro|PH Rosa, do R7

A PM do Rio de Janeiro reassume, a partir desta terça-feira (15), o policiamento total da área do batalhão de Bangu (14º BPM), incluindo as áreas da Vila Kennedy e Batan, em Realengo, zona oeste, que contam com UPPs (Unidades de Políca Pacificadora). A determinação partiu do Gabinete de Intervenção Federal.
Em nota, o gabinete disse que esta é mais uma etapa do projeto iniciado em fevereiro pela intervenção, que na primeira fase tomou medidas para reduzir os índices de criminalidade na região, entre elas, capacitação de 250 PMs que fazem parte das UPPs da área, que estão em processo de transformação em Companhia Destacada. Com os agentes, foi realizado treinamento com instrutores do Exército e da própria Polícia Militar.
O gabinete também reforçou a infraestrutura do 14º BPM com a entrega de 15 veículos, munição e 100 fuzis.
Moradores querem reformulação, mas são contrários à saída das UPPs
Desde fevereiro, as ações na Vila Kennedy prenderam 21 pessoas em flagrante, recuperaram 844 motos e 791 carros, além da apreensão de 892 kg de maconha, cocaína e crack. Ações sociais também foram implementadas na comunidade com as Forças Armadas, órgãos do governo e sociedade civil, que permitiram o atendimento de 13.470 pessoas na região.
Fim das UPPs
O fim das duas UPPs da zona oeste foi anunciado em março pelo Gabinete de Intervenção Federal. Com isso, os agentes que nelas trabalham voltam a fazer parte do quadro do 14º BPM. A decisão foi tomada com base em um estudo da PM sobre as condições operacionais de cada unidade.
No mês passado, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou que algumas unidades, além das já citadas, devem ser extintas e outras fundidas. Projeto criado há dez anos, com a instalação da primeira unidade em novembro de 2008 na comunidade Santa Marta, em Botafogo, deve passar por reestruturação, segundo o ministro.
O estudo da PM aponta também para a perda de território dos agentes das unidades, o que tem aumentado os confrontos nas comunidades pacificadas.