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Rodoviários do Rio convocam assembleia para votar paralisação

Trabalhadores reivindicam reajuste salarial, entre outros direitos. Crítica ao sistema BRT continua em pauta após intervenção

Rio de Janeiro|Rafaela Oliveira, do R7*

Rodoviários pensam em greve nos próximos dias
Rodoviários pensam em greve nos próximos dias Rodoviários pensam em greve nos próximos dias

O Sindicato dos Rodoviários da cidade do Rio de Janeiro convocou uma assembleia para discutir a possibilidade de greve geral por tempo indeterminado. Além disso, as demissões programadas para empregados no sistema BRT também são tema do debate.

O encontro está marcado para a próxima terça-feira (23), em duas sedes da categoria: na sub sede de Campo Grande, zona oeste, e na sede social em Rocha Miranda, na zona norte da cidade.

Segundo o presidente do sindicato, Sebastião José, o transporte de passageiros na capital fluminense está em situação caótica. "[O cenário do transporte público municipal] está completamente sem rumo, um verdadeiro caos generalizado, já que hoje o transporte de passageiro por ônibus atende pouco mais de 80% dos usuários com uma frota sucateada, falida e sem perspectiva", afirmou. 

A categoria aponta prejuízos pela falta de reajuste salarial nos últimos dois anos, assim como condições de sub-emprego, salários achatados, falta de plano de saúde, cesta básica e ticket alimentação.

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Em meio à pandemia da Covid-19, motoristas e cobradores fizeram parte dos trabalhadores que nunca deixaram de ter contato direto com a população. Em junho de 2021, a Secretaria Municipal de Saúde negou o pedido da Rio Ônibus (Sindicato das Empresas de Ônibus da Cidade do Rio) para incluir a categoria no grupo prioritário da vacinação contra a doença. 

O prefeito Eduardo Paes havia declarado que cumpriria tal medida dois meses antes, em abril. 

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Em 2015, havia 35 mil rodoviários em atividade e, pouco antes da pandemia, esse número passou para 24 mil. Após o fechamento de empresas de ônibus de 2020 para cá, o grupo diminuiu em cinco mil colaboradores. 

Críticas ao BRT

Não é de hoje que os rodoviários denunciam más condições de trabalho, sobretudo no BRT. No dia 22 de março deste ano, a Prefeitura do Rio anunciou um plano de intervenção de 180 dias nesse sistema de articulados.

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Rio: mulher é empurrada e pisoteada em BRT, na zona oeste

Em maio, a interventora Cláudia Secin anunciou um plano de demissão opcional para cerca de 250 trabalhadores.

A intervenção prevê um investimento de R$ 133 milhões para melhorias no BRT. Ao todo, a administração municipal gastou pouco mais de R$ 61 milhões do início do mês de abril até a segunda semana de novembro.

Veja os valores:

Total de gastos com cobustível: R$ 28.862.702,40

Total de gastos com funcionários: R$ 13.548.365,38

Total de gastos com materiais e prestação de serviços: R$ 19.156.929,58

Os números foram retirados do portal da transparência da Secretaria de Transportes.

Usuários do BRT denunciam continuidade da superlotação no transporte após intervenção

Em nota para o R7, a Secretaria Municipal de Transportes afirmou que está estudando como fazer a transição do modelo de gestão do BRT e que o município tem compromisso com os trabalhadores do setor para dar continuidade ao trabalho.

*Estagiária do R7, sob supervisão de PH Rosa

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