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Corpo de 2º jovem baleado por PM que confundiu ferramenta com arma é enterrado no Rio

Familiares fizeram protesto durante sepultamento no cemitério de Irajá

Rio de Janeiro|Do R7, com Rede Record

Thiago Guimarães conduzia moto quando foi baleado na Pavuna
Thiago Guimarães conduzia moto quando foi baleado na Pavuna

Foi enterrado na manhã deste sábado (31) o corpo de Thiago Guimarães Dingo, de 24 anos, morto por um policial militar que teria confundido um macaco hidráulico com um fuzil. O jovem foi sepultado às 10h no Cemitério de Irajá, zona norte do Rio. Thiago foi morto na quinta-feira (29), na Pavuna, junto com Jorge Lucas Martins, que foi sepultado na tarde de sexta-feira (30) em Inhaúma.

Durante os dois sepultamentos, familiares e amigos fizeram protestos contra a PM e seguraram faixa escrito "Macaco não é arma, mototaxista não é bandido".

O pai de Tiago Guimarães afirmou que um pedido de desculpa da Polícia Militar não vai trazer o filho de volta. Por meio de nota, a corporação disse que presta solidariedade e apoio às famílias. Até a noite desta sexta, o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, e o secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, não haviam se manifestado sobre as mortes. A declaração de Gilberto Lacerda foi dada quando ele foi reconhecer o corpo do filho no IML (Instituto Médico Legal).

— Não tem desculpa. Se eu perdoar, meu filho vai voltar? Eu posso perdoar... Não vai voltar, não tem perdão.


Emocionado, Lacerda contou que Tiago seria pai.

— Ele estava muito animado, curtindo a gravidez da menina. Já havia arrumado uma casinha para eles. Infelizmente, mais uma covardia do militar.


Os jovens foram baleados quando iam ajudar um vizinho que estava com um problema no carro. Eles pegaram o macaco hidráulico emprestado em uma oficina mecânica e, enquanto voltavam, foram atingidos por um tiro do policial que confundiu o equipamento com uma arma. Thiago, que conduzia a moto, perdeu o controle e acabou batendo em um muro.

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A DH (Divisão de Homicídios da Capital) recolheu as armas dos PMs envolvidos na ação ocorrida na Pavuna, zona norte do Rio. De acordo com o coronel Marcos Netto, comandante do Batalhão de Irajá (41º BPM), o sargento que assumiu ter atirado nas vítimas após confundir um macaco hidráulico com uma arma vai ser afastado das ruas e das "ações rotineiras" enquanto durarem as investigações. 

Netto também afirmou que o militar deve passar por acompanhamento psicólogico para identificar quais foram as motivações. As famílias dos jovens também devem receber assistência, segundo o coronel.

Na quinta, a Polícia Militar do Rio informou que o sargento reconheceu que houve um "erro de avaliação" dele. O policial se apresentou na delegacia da Pavuna (39º DP), onde confessou o ato. Após a morte de Jorge Lucas Martins e Thiago Guimarães, um ônibus da linha 372 foi atacado.

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