Empresa aérea adianta prazo, e corpo de Juliana Marins chega ao Brasil nesta terça
Voo chega em SP; família relatou dificuldades com empresa e alegou ‘descaso’
Rio de Janeiro|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília

A empresa aérea Emirates informou nesta segunda-feira (30) que o prazo de chegada do corpo de Juliana Marins ao Brasil foi adiantado. O voo, que pousaria no Rio de Janeiro (RJ) na quarta-feira (2), chegará em São Paulo (SP) nesta terça-feira (1º). O horário estimado do pouso não foi informado pela empresa. Juliana morreu na Indonésia, ao fazer uma trilha em um vulcão.
“A Emirates informa que, em coordenação com a família, novos preparativos foram feitos para o transporte do corpo de Juliana Marins, cidadã brasileira que faleceu na Indonésia. O corpo chegará em São Paulo no dia 1º de julho. A Emirates estende suas mais profundas condolências à família neste momento difícil”, escreveu, em nota, a empresa.
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Nesse domingo (29), a família de Juliana relatou enfrentar dificuldades para trazer o corpo da jovem de volta para casa.
Na página criada nas redes sociais para divulgar informações sobre o resgate, a alegação é de que o voo que faria o translado já estava confirmado, mas a empresa aérea responsável pelo transporte teria alegado que o “bagageiro ficou ‘lotado’”.
Mariana Marins, irmã de Juliana e responsável por administrar o perfil, escreveu que a empresa aérea “não quer trazer minha irmã para casa”. “Do nada o bagageiro do voo ficou ‘lotado’. Pedimos que o descaso com Juliana acabe”, disse.
Procurada pelo R7 no domingo, a Emirates informou que iria apurar o caso.
Morte após queda
Nascida em Niterói (RJ), Juliana Marins tinha 26 anos e era publicitária. Em 21 de junho, ela se acidentou durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia. Ela caiu e ficou isolada em um penhasco.
Segundo as equipes locais, o resgate foi dificultado devido ao terreno íngreme e às condições climáticas da região. O corpo dela foi encontrado três dias após a queda, em 24 de junho.
O laudo preliminar da autópsia apontou trauma contuso como causa da morte.
O óbito, de acordo com o documento, ocorreu por fraturas múltiplas, lesões em órgãos internos e hemorragia. O legista destacou que os ferimentos foram simultâneos, com danos significativos no tórax, especialmente na parte traseira, afetando o sistema respiratório.
Embora houvesse também lesões na cabeça, não foram encontradas hérnias cerebrais, o que indica que a morte foi rápida, em um intervalo estimado de até 20 minutos após o trauma.
O legista explicou que não há sinais de que Juliana tenha sobrevivido por um longo período após o acidente.
Por outro lado, imagens de drones de turistas sugerem que Juliana tenha resistido ao acidente inicial e esperado dias pelo resgate. A expectativa é de que um novo exame no Brasil explique as causas e o momento da morte de Juliana.
Família questiona laudo
Apesar do documento das autoridades da Indonésia, a família de Juliana recorreu à Justiça brasileira para solicitar nova autópsia no corpo dela. O pedido foi feito pela Defensoria Pública da União.
A AGU (Advocacia-Geral da União) informou que vai cumprir, de maneira voluntária, o pedido da DPU para realização de nova autópsia.
Assim como a família da jovem, a DPU fala em dúvidas geradas pela certidão de óbito emitida pela Embaixada do Brasil em Jacarta, capital da Indonésia, que não cravou o momento da morte de Juliana após a queda em trilha do vulcão Rinjani.
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