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Ex-secretário de Saúde do Rio firma acordo de delação premiada

Os termos da colaboração ainda não foram divulgados, mas teriam como alvo o governador do Rio, Wilson Witzel. PGR disse que não irá comentar

Rio de Janeiro|Do R7, com Record TV

Santos é investigado por desvio de verbas na Saúde
Santos é investigado por desvio de verbas na Saúde

O ex-secretário Estadual de Saúde do Rio de Janeiro Edmar Santos, preso por suspeita de desvios de verbas destinadas ao combate da pandemia do novo coronavírus, firmou um acordo de delação premiada com a PGR (Procuradoria Geral da República).

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Um dos indícios que reforçam o acerto é o pedido de liberdade feito pelo órgão em favor de Santos no STJ (Superior Tribunal de Justiça) na tarde de segunda-feira (13). Os termos do acordo ainda não foram divulgados, mas teriam como alvo o governador do Rio, Wilson Witzel. 

Ontem, a Procuradoria confirmou ter iniciado as tratativas com o MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro), responsável pelo pedido de prisão preventiva do ex-secretário do governo Witzel, na semana passada, para o compartilhamento de provas da investigação.


A PGR já conduz o inquérito relacionado à Operação Placebo, que apura os mesmos fatos e cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao governador.

Procurado, o órgão disse que não se manifesta sobre supostos acordos de colaboração. 


Nas redes sociais, Witzel disse ter recebido a informação pela imprensa com serenidade e firmeza:

“Minha trajetória de vida fala por mim. Jamais me desviei do caminho da lei e, desde janeiro de 2019, do objetivo de reerguer o nosso Estado. Nem eu e nem ninguém pode ser acusado de qualquer irregularidade sem prova”.


Investigação contra Edmar Santos

Edmar Santos está preso preventivamente por suspeitas de corrupção nas verbas direcionadas ao combate da pandemia do novo coronavírus no Estado, especialmente na compra de equipamentos e na montagem dos hospitais de campanha.

Dois endereços do ex-secretário do governo Witzel foram alvo de mandados de busca e apreensão - em Itaipava, na Região Serrana, e em Botafogo, na zona sul do Rio - nesta fase da Operação Mercadores do Caos. Durante a ação, os promotores apreenderam R$ 8,5 milhões em espécie. 

Entre os motivos que levaram à Justiça decretar a prisão preventiva do ex-secretário está a possibilidade de interferência na colheita de provas devido ao "poder político" de Edmar Santos.

Durante as investigações, os promotores tiveram acessos a áudios em que Santos sugeriu ao ex-subsecretário Gabriell Neves, que também está preso, a criação de uma "lista secreta" para mapeamento de endereços de fornecedores, o que reforça indícios de corrupção na área da Saúde.

Edmar Santos, que é tenente-coronel da Polícia Militar, foi levado à unidade prisional da corporação em Niterói, na Região Metropolitana.

De acordo com o porta-voz da PM, coronel Mauro Fliess, Santos pode responder pela conduta em um procedimento interno, com risco de ser expulso da instituição.

A defesa do ex-secretário ainda não se manifestou sobre o caso.

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