“Isso vai virar música”, diz MC Poze do Rodo sobre acusações do MP-RJ
Em entrevista à Record TV Rio, funkeiro afirmou ser inocente das denúncias de corrupção de menores, associação e apologia ao tráfico de drogas
Rio de Janeiro|Lucas Ferreira, do R7*, com Record TV Rio

O MC Poze do Rodo declarou em entrevista exclusiva à Record TV Rio que transformará em música todo o imbróglio que vive com a Justiça fluminense e as acusações de ligação com o tráfico. O funkeiro afirma ser inocente das denúncias de associação ao tráfico, apologia ao crime e corrupção de menores.
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Segundo Poze, a denúncia feita pelo MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) e aceita pelo TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) são infundadas. O funkeiro também destacou que não teve apoio algum do Estado para chegar ao sucesso.
“Tem nem chance [de envolvimento com o tráfico]. [...] O Estado nunca me ajudou para estar onde estou, foi tudo sozinho. Tive dificuldade no início, mas sempre sozinho procurando fazer um show ali, um show ali, graças a Deus consegui conquistar o mundo com o talento que tenho.”
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O inquérito que investiga o envolvimento de Poze com o tráfico de drogas foi aberto após um vídeo com o cantor viralizar nas redes sociais. Na gravação, é possível ver o funkeiro fazendo um show em um baile, no Jacarezinho, zona norte da capital, cercado por homens com fuzis na plateia. Para o MC, não há o que fazer quando existem pessoas armadas na plateia.
“Contratou estou indo fazer meu trabalho, sem saber. Não tem como. Igual acontece diversas vezes: vou cantar na comunidade, aí chego lá, aconteceu isso, aconteceu aquilo, aí vídeo... Sendo que eu estou indo fazer o meu trabalho. Não tem como eu ir lá, parar meu trabalho, para o meu show para falar ‘pô, faz isso aí’, ‘faz isso não’, ‘para com esse bagulho’.”
No começo deste mês, Poze chegou a ser considerado foragido da Justiça, mas a defesa do cantor conseguiu a revogação do pedido de prisão. No documento que permite que o MC responda pelas acusações em liberdade, o TJ-RJ justificou a decisão dizendo que o funkeiro tem endereço fixo e atividade trabalhista lícita.
Para o cantor, não há apologia ao crime em suas músicas, uma vez que canta apenas o que viu “com os próprios olhos” durante a época que morou na favela. Poze acredita que seu sucesso pode inspirar as crianças das comunidades.
“Hoje em dia sou exemplo para muita criança, muitas que moram em favela viram que quem corre atrás dos seus sonhos consegue”, concluiu Poze.
*Estagiário do R7, sob supervisão de Ingrid Alfaya