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Justiça condena ator acusado de participar de ataque a PMs no Rio

Foto de William Preciliano, de 21 anos, segurando arma durante gravação de filme teriam sido usadas contra o jovem; defesa vai recorrer de decisão

Rio de Janeiro|PH Rosa, do R7, com Record TV Rio

Jovem participou de filme no Morro dos Prazeres
Jovem participou de filme no Morro dos Prazeres Jovem participou de filme no Morro dos Prazeres

A Justiça do Rio condenou um ator que está preso acusado de participar de um atentado contra policiais da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) do Morro dos Prazeres, em novembro de 2017. William Preciliano está preso preventivamente desde agosto de 2018 e foi condenado a cinco anos de prisão. O jovem de 21 anos foi reconhecido por um policial que foi vítima da ação em Santa Teresa, região central do Rio.

De acordo com a sentença, foram comprovados os crimes de constrangimento ilegal qualificado e de cárcere privado qualificado. A decisão também aponta que “a palavra da vítima é de suma importância na análise da prova, sendo ela mais do que suficiente para comprovar a acusação”.

Segundo informações da Record TV, a defesa de William, que é paga pela produtora responsável pelo filme, vai recorrer da decisão.

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Segundo o inquérito policial, ele foi reconhecido entre 40 suspeitos que renderam e torturaram sete PMs no Morro dos Prazeres. Mas, em depoimento, um policial afirmou não ser capaz de identificar os bandidos, “uma vez que o episódio foi muito traumatizante”.

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Contradições

Em fotos, supostamente usadas contra o jovem, Willian aparece portando um fuzil. Mas, segundo a família, as imagens seriam registros da produção do filme norte-americano Pacified (Pacificado, em português), ainda não lançado, em que o rapaz trabalhou como figurante. Em outras imagens, o jovem aparece ao lado dos atores José Loreto, Thiago Thomé e do protagonista do filme, o belga Bukassa Kabengele. A produtora do longa metragem reforçou a versão ao enviar uma carta repudiando a prisão.

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Na época, o advogado do rapaz, Vinicius Marinho, disse não ter sido informado sobre como a polícia chegou à conclusão de que Willian estaria envolvido no crime. "A defesa não conseguiu acesso a como foi feito esse reconhecimento, quais foram as fotos empregadas, qual foi a metodologia, a como de fato chegaram ao Willian Preciliano", afirmou. O primeiro pedido de revogação da prisão provisória foi negado pela Justiça.

"A gente mora em uma comunidade, a gente sabe exatamente quem é quem. Somos tão vítimas quanto qualquer pessoa dessa conjuntura que coloca as favelas como reféns de traficantes. O processo de reconhecimento, no qual se baseiam para indicá-lo como participante desse crime, não é claro. Como a gente sabe, que é impossível ter sido ele, a gente quer entender onde pode ter acontecido o erro", afirma o líder comunitário e morador do Morro dos Prazeres, Charles Siqueira.

Veja a reportagem:

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